Pia Fraus e Circo Roda discutem dilemas do tempo e da linguagem

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Ponta Grossa - Diante de uma das questões mais antigas da humanidade ("De onde viemos e para onde vamos?"), o Circo Roda conseguiu elaborar uma discussão com frescor, unindo tecnologia, arte circense contemporânea e bom humor.

Os palhaços sempre dão o tom em DNA – Somos Todos Muito Iguais (confira o serviço completo do espetáculo), interagindo com a plateia em vários momentos, mostrando de forma inteligente como as nossas diferenças nos tornam sempre muito iguais. A história gira em torno de um anjo distraído que despenca do céu e acaba por ter que usar uma cadeira de rodas. Ajudado por Inadequado, um personagem que luta contra o tempo e que ao longo do espetáculo rejuvenesce em vez de envelhecer, o anjo enfrenta sua estadia na Terra em meio aos problemas humanos, passando do onírico ao prosaico.

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Outro destaque da montagem é a precisão dos malabaristas-bailarinos e a cuidadosa montagem do cenário que permite saltos, voos e quedas de grandes alturas, causando espanto na plateia. Chama a atenção a utilização dos efeitos light graffiti, uma técnica que consiste em iluminar e criar estampas com luz e rechear as bases de grandes paineis de fundo.

É dessa forma que os artistas, embalados por música contemporânea brasileira com influências do rock, tentam levar o público a refletir sobre o sentido da vida de uma forma leve, mas profunda, ao mesmo tempo em que se diverte.

"Constatei algo científico que tem forte carga poética. Ao tratar da clonagem, das certezas e incertezas sobre nossa ancestralidade, percebi que estava falando sobre grandes questões da humanidade. Isso me motivou muito", diz Hugo Possolo, roteirista e diretor do espetáculo.

Serviço:

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