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Hora de lançar uma nova máxima: além do tempo, a graça também é relativa. Há quem ria das velhas piadas sujas, enquanto outros só soltam a gargalhada quando alguém os atenta sobre coisas divertidas ligadas ao cotidiano, a relacionamentos e pessoas. As duas formas aparecem nas apresentações do Risorama, que tem última sessão nesta quinta-feira (03) no Park Cultural. A segunda opção me parece mais inteligente e foi muito bem desempenhada por Osmar Campbell,que falou dos sachês de catchup vencidos na geladeira, Emerson Cear, que fez rir comparando a mulher curitibana e a cearense, Rey Biannchi, com as melhores imitações de cachorros do planeta, e Paulo Vieira, que parecia uma metralhadora de boas sacadas -- mal dava tempo do público se recuperar de uma crise de riso e já emendava uma nova gargalhada.

Os maus momentos ficaram por conta de Miau Carraro, com piadas prontas e sem graça. Ele só foi salvo quando Marcio Ballas resolveu fazer a linguagem de sinais para o texto do colega e roubou a cena. Aliás, o apresentador, que era o anfitrião dos artistas na noite, é o rei do improviso. Conversava com a plateia e, na hora, conseguia as melhores sacadas. Uma noite que vale a pena.

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