No ano em que a artista mexicana Frida Kahlo completaria cem anos, volta ao cartaz um espetáculo inspirado em sua vida e obra. Pincéis e Facas, que estreou em outubro do ano passado e recebeu duas indicações ao Troféu Gralha Azul, realiza apresentações no Teatro José Maria Santos.
Mas, a musa inspiradora do espetáculo não está entre os personagens. Depois do filme Frida, de Julie Taymor (2002), Paulo Biscaia Filho, que escreveu e dirigiu a montagem, conta que não fazia sentido criar um espetáculo biográfico. "Escolhemos um viés próprio, com base em elementos do universo da artista."
A base para compor a narrativa foram três obras de Frida: "Unos Cuantos Piquetitos" (Umas Poucas Facadinhas), "Cristina Minha Irmã" e "O Suicídio de Dorothy Hale".
As figuras retratadas pelos pincéis e tintas de Kahlo ganham vida na pele dos atores Sidy Correa, Karla Fragoso, Fabiano Amorim, Marcilene Moraes, Rafaella Marques e leandrodanielcolombo (assim mesmo, tudo junto e minúsculo). Os personagens, que de fato existiram e foram significativos na vida de Kahlo, são o artista Diego Rivera, seu marido; sua irmã, Cristina, com quem Diego teve um caso que a feriu profundamente; um ex-guerrilheiro de uma das revoluções no México e sua esposa, que irá encontrar um terrível destino; um amolador de facas fantasiado de caveira no Dia do Mortos, o mais importante feriado mexicano; e Dorothy Hale, socialite nova-iorquina eternizada em uma das obras mais conhecidas de Kahlo.
As histórias se cruzam ao longo da montagem e os destinos dos personagens serão marcados por pequenos atos com grandes conseqüências.
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