No filme A Marcha dos Pingüins, o cineasta francês Luc Jacquet exaltou o percurso épico dos pingüins-imperadores até seu local de acasalamento. Curiosamente, tratava-se de um documentário que associava os hábitos dos homens com os dos animais. A animação Happy Feet O Pinguim, que estréia hoje nos cinemas, dá uma passo adiante ao abordar a mesma espécie com seus personagens humanizados. O resultado é uma ficção sem alma que vai com muita sede ao pote ao querer reproduzir vivências humanas e ensinar lições sobre a vida e a ecologia por meio de personagens ocos.
A trama transcorre em meio a um grupo de pingüins-imperadores, na Antártida. Lá, todos são aptos ao canto. A única exceção é Mano (dublado por Daniel de Oliveira), que gosta de sapatear e não sabe cantar. A comunidade não reage bem às esquisitices do garoto. Os pais alegam que "sapatear não é coisa de pingüim", enquanto o ancião Noé reprova o hábito como uma agressão à tradição da espécie. Mano, então, confraterniza com os "pingüins da contracultura", que habitam a Terra dos Adelies e assimilam rapidamente os passos do sapateado. Há também um enlace amoroso com a pingüim fêmea mais bela e melhor cantora do bando.
No entanto, a extração de peixes do oceano pelos homens ameaça a sobrevivência. É quando Mano, expulso da comunidade, ganha uma dimensão messiânica e nada até a civilização em busca de ajuda. O tema da impossibilidade de comunicação ganha espaço e rende pontos. De resto, os conflitos soam mecânicos. Os personagens são unidimensionais, tanto na construção de caráter quando na caracterização de seus trejeitos e movimentos. GG1/2
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