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Formação atual da  banda posa em seu estúdio e diz que tem lenha pra queimar. | Divulgação/
Formação atual da banda posa em seu estúdio e diz que tem lenha pra queimar.| Foto: Divulgação/

Tudo começou no verão de 1982. Uma canção em forma de crônica e com um refrão grudento, escrita à quatro mãos por um grupo de músicos-surfistas foi gravada por uma banda chamada Blitz.

Blitz

Sábado, 06 de maio (sábado) – 21h15 (abertura dos portões: 20h)

Ópera de Arame (R. João Gava, 874 – Abranches).

Ingressos de R$ 60 a R$ de acordo com o setor .

Lançada em um compacto EP (os disquinhos com uma música de cada lado), a canção “Você Não Soube Me Amar” fez eclodir a geração do rock brasileiro dos anos 1980 e a ideia de uma cultura pop voltada para os jovens que tomou conta do país que saia dos tempos graves da ditadura.

No mesmo ano, a banda lançou o disco “As Aventuras da Blitz”, o primeiro álbum de rock nacional a vender mais de 1 milhão de cópias.

Passados 35 anos, a Blitz ainda está na ativa. Acaba de lançar um álbum “A Novas Aventuras da Blitz” e vem a Curitiba no próximo dia 6 de maio, na Ópera de Arame, mostrar suas novas e velhas canções.

Em 2013, a Blitz fez um dos shows mais comentados da Virada Cultural . Veja como foi aqui.

“A gente queria agradar nossa turma da praia. Nunca achamos que tocaríamos nas rádios a ponto de mudar a música pop e, de certa forma, a história da cultura no Brasil. Foi um pé na porta”, diz o vocalista e líder da Blitz, Evandro Mesquita.

Quando surgiu, a Blitz era inclassificável. Parte da banda era oriunda do grupo de teatro experimental “Asdrúbal Trouxe o Trombone”. Uma bagagem que influenciaria as performances da banda e as canções em forma de narrativas ou “historinhas”.

“Tem esta coisa de crônica do cotidiano. A minha adolescência foi lendo Stanislaw Ponte-Preta (1923-1968) que me ensinou falar de coisas sérias com humor, sem ser chato. Há também o diálogo constante entre as vozes femininas e masculinas”.

Aos 64 anos, Mesquita diz que a banda ainda tem “muita lenha para queimar” e que os shows têm a mesma energia que tinham nos anos 1980.

“A Blitz é uma banda de estrada. Quando a gente mirou na nossa geração conseguiu misturar as classes sociais, das boates de ricos aos bailes de subúrbio. Hoje, os pais levam os filhos aos nossos shows para cantarem juntos. Isso é oxigênio para nossa música”, diz.

Novissimas aventuras da Blitz

Evandro conta que o disco novo é uma continuação do álbum de estreia, três décadas e meia depois.

“Tem o clima do primeiro disco”, garante. O músico conta que atualmente tem estúdio próprio e por dois anos e meio ficou brincando com as músicas. “Sem o ‘taxímetro ligado’ [em referência ao tempo pago de uso do estúdio] a gente botava uma guitarra a mais ali e ia colorindo as canções, e então começou a chamar amigos que a gente encontrava para participar ”.

Os convidados são nomes como Zeca Pagodinho, Seu Jorge, Frejat e Pretinho da Serrinha

“A Blitz sempre teve isso. No primeiro álbum tinha o Mestre Marçal (1930-1994, lendário mestre de bateria de Portela) . A gente joga no liquidificador e sai uma coisa de personalidade própria”.

A formação atual da Blitz tem, além de Evandro Mesquita, dois membros originais: o tecladista Billy Forghieri e o baterista Juba que substituiu Lobão ainda no primeiro ano da banda.

Completam o time, Rogério Meanda (guitarra), Cláudia Niemeyer (baixo) e as backing vocals Andréa Coutinho e Nicole Cyrne.

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