Lord: pioneiro da fusão entre rock e música erudita | Divulgação
Lord: pioneiro da fusão entre rock e música erudita| Foto: Divulgação

O músico Jon Lord, fundador da banda inglesa Deep Purple, morreu ontem, após uma embolia pulmonar, decorrente do tratamento de um câncer no pâncreas, aos 71 anos.

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Era um caso raro na música. Depois de uma carreira bem-sucedida como tecladista de uma das maiores bandas de rock do planeta, aposentou-se em 2002 para compor peças eruditas. Para ele, clássico e popular elaborado eram apenas aspectos de uma mesma entidade – a boa música.

O caminho era quase natural. Tendo aprendido a tocar os clássicos no piano, Lord apaixonou-se pelo rock ao ouvir Buddy Holly e começou a tocar em combos de jazz, rhythm’n’blues e depois rock. Fã do tecladista de jazz Jimmy Smith, tornou-se um dos mais famosos usuários do órgão Hammond.

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Em 1969, aos 27 anos, ele compôs, com a ajuda do maestro Malcolm Arnold, um "Concerto para Grupo e Orquestra", temperando a estrutura de uma peça erudita com a eletricidade agressiva da fase mais criativa do Deep Purple, a mesma formação que comporia o clássico "Smoke on the Water".

Participando de um dos grupos de rock que mais mudanças tiveram em sua formação, Jon Lord fez parte de todos os sete line-ups do Deep Purple entre 1968 e 2002, quando se aposentou.

Com eles, gravou 17 discos de composições inéditas, conheceu 23 países e veio ao Brasil em quatro turnês: 1991, 1997, 1999 e 2000. Lord deixa mulher e duas filhas.