Na última vez que a roqueira baiana Pitty esteve em Curitiba ela levou uma lembrança nada agradável para casa. Não, não se trata do show que ela fez no festival Eletro Acústico, em dezembro de 2005, e sim de sua passagem pelo Tim Festival, realizado na Pedreira Paulo Leminski, no dia 31 de outubro. Acompanhando as apresentações de Beastie Boys, Yeah Yeah Yeahs e Patti Smith, a roqueira não se contentou em assistir aos shows do camarote vip devidamente coberto e, por diversas vezes, "foi pra galera", debaixo de chuva mesmo. Resultado: uma gripe violenta. "Mesmo assim valeu a pena. Os shows foram ótimos e a Pedreira é um lugar muito maneiro, tanto para tocar como para ficar no meio do público", elogia, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

CARREGANDO :)

Desta vez, Pitty não corre o risco de ser lavada por um dos temporais que vêm desabando diariamente na capital paranaense. O primeiro show de "Anacrônico" (seu segundo álbum, lançado em agosto do ano passado), acontece em um local fechado que, apesar de não ter tanta tradição quanto a Pedreira, vem recebendo elogios graças à sua boa estrutura para shows – a Hellooch (antigo Moinho São Roque).

Há mais de um ano com "Anacrônico" na estrada, Pitty garante que, apesar do atraso para estrear o show por aqui, o público terá a vantagem de conferir uma espécie de versão personalizada das canções. "O show é uma coisa viva. Não pode ser imutável ou estático, senão a gente enjoa. Por isso, sempre vamos mudando o repertório e até mesmo o jeito de tocar as músicas", explica. Quanto ao repertório, a roqueira apenas adianta que as canções de "Anacrônico" terão prioridade. O resto, será definido no momento do show. "A gente nunca programa nada. Na hora acabamos tocando músicas que nem havíamos ensaiado, de improviso", revela.

Publicidade

Sem previsão de férias, Pitty segue com o show de seu segundo álbum até o ano que vem, quando deve começar a pensar em novas composições. "Na estrada não dá para fazer nada. Acho que devemos gravar mais um videoclipe para encerrar o trabalho deste disco, aí quero passar um tempo em casa, sem fazer nada, só lendo, vendo filmes e me abastecendo de idéias para novas músicas", conta.

Não quer ouvir a Pitty? Então confira as outras atrações no roteiro de shows

Serviço: Show com Pitty. Sábado (9) às 21 horas. Hellooch (Rua Desembargador Westphalen, 4.000). Tel.: 3013-3374. R$ 30,00 (valor para estudantes e doadores de um quilo de alimento não-perecível).