Fabrício Carpinejar é poeta, jornalista, cronista, professor e colunista. Acabou de fundar a primeira faculdade de Formação de Escritores do país e está lançando um novo livro "O Amor Esquece de Começar" (Bertrand Brasil. 288 págs. R$ 35,00).
O lançamento do livro de Carpinejar, que já venceu alguns dos principais concursos de literatura do país, como o Cecília Meirelles, o Olavo Bilac e o Fernando Pessoa, será o evento promovido pelas Livrarias Curitiba para celebrar o Dia do Escritor, que é ou pelo menos deveria ser celebrado nesta terça-feira, 25 de julho, em todo o país. O escritor gaúcho estará a partir das 19 horas na Curitiba do Shopping Estação, para participar de um bate-papo com o público.
O tema mais palpitante da noite promete mesmo ser a faculdade de Formação de Escritores, idealizada por ele e implantada pelo Unisinos, de Porto Alegre, neste ano. Carpinejar acha que a criação do curso não é a única coisa que os escritores têm a comemorar no seu dia nacional. "Nunca tivemos tantos escritores vivendo de literatura no Brasil quanto temos hoje", afirma ele. Para o poeta, a próxima missão dos literatos é fazer com que haja mais estímulo à produção, ao surgimento de novos focos literários. "Também temos que batalhar para que o escritor seja mais dinâmico. Escritor não nasceu para ser estante", comenta.
O bate-papo também deve abordar os textos do novo livro, composto inteiramente por crônicas publicadas em jornais. Carpinejar, que é formado em Jornalismo, conta que já trabalhou como repórter e assessor de imprensa. Depois de ganhar algum nome como escritor, o que permitiu que abandonasse o dia-a-dia das redações, foi convidado a voltar, dessa vez como cronista. "É diferente porque eu me pauto e coloco lá o que eu vivo, o que leio", afirma.
As crônicas são todas do ponto de vista feminino. Falam sobre relacionamentos, a vida, os problemas e soluções encontrados por todos no cotidiano. Mais ou menos como o "Consultório Poético" escrito por ele no site da revista Superinteressante. Aliás, essas não são as únicas incursões do poeta na mídia atualmente. Ele ainda é colaborador da revista Cláudia, dos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e Zero Hora e da revista G Magazine. Para a última, o convite surgiu depois de um texto escrito por Carpinejar, intitulado "Pode Me Chamar de Gay." Apesar de ter mulher e filhos, ele diz que acha ótimo ser chamado de gay. "Os gays sabem conversar, se vestem bem, têm grande sensibilidade, acho um elogio", diz.
Serviço:Lançamento do livro e bate-papo com Fabrício Carpinejar. Terça-feira (25) às 19 horas. Livrarias Curitiba (Shopping Estação). Entrada franca