A cantora Madonna apresenta nesta terça-feira o primeiro dos dois shows que fará na Rússia com a turnê mundial MDNA, uma atuação que é precedida por uma série de polêmicas relacionada ao apoio da cantora ao grupo punk feminista Pussy Riot e também aos homossexuais.
Em sua chegada a Moscou, Madonna inaugurou um novo ginásio de sua cadeia de academias, Hard Candy Fitness, e também fez algumas declarações em defesa de três integrantes do Pussy Riot, as quais estão sendo julgadas por cantar contra o presidente russo, Vladimir Putin, no altar de uma catedral.
Os advogados do Pussy Riot esperam que Madonna expresse seu apoio ao grupo durante o show desta terça, seja com uma camiseta ou com citações diretas, assim como os Red Hot Chilli Peppers fizeram recentemente na capital russa.
Neste esperado show, Madonna certamente também deverá abordar algumas causas defendidas pelos homossexuais russos - que possuem inúmeros direitos reprimidos pelas autoridades, como a proibição da parada do orgulho gay.
As organizações ortodoxas, que exigem a proibição dos shows da cantora na Rússia, anteciparam que queimarão publicamente uma foto de Madonna. De acordo com essas mesmas organizações, o gesto é um sinal do "futuro castigo divino".
"Para começar, ela quer sair em defesa do Pussy Riot. Mas, isso é se intrometer nos assuntos internos de nosso Estado, criar pressão sobre os tribunais. Ela também se manifesta a favor da homossexualidade, o que é tido como propaganda e, por isso, infringe a lei em muitas regiões do país", assegurou o porta-voz de uma da organizações radicais ortodoxas à agência "Interfax".
Neste sentido, o show que Madonna realizará nesta quinta-feira deverá ser ainda mais polêmico, já que o mesmo ocorre em São Petersburgo, onde as autoridades aprovaram uma lei que proíbe qualquer propaganda homossexual (sob pena de multa).
Isso porque, Madonna já adiantou em sua página do Facebook que manifestará seu apoio aos homossexuais durante este show na antiga capital imperial. "Não fujo da adversidade. Falarei durante minha atuação sobre esta ridícula atrocidade", declarou a cantora.
Em resposta, um deputado governista local, Vitali Milonov, advertiu que se Madonna fizer declarações a favor da comunidade homossexual durante o show receberá uma multa de até US$ 170. Em São Petersburgo, algumas organizações chegaram a organizar manifestações de repúdio à cantora em uma movimentada avenida central.
"O Congresso do Povo e o Sindicato dos Cidadãos da Rússia, assim como milhares de russos moralmente sãos, consideram inadmissível a realização de shows que prega a perversão, o vício e a violência", defendiam os manifestantes.
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