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Rodrigo Lemos (à esq.), Eduardo Cirino, Neto Relics e Francis Yokohama, em 2007: última formação da banda desativada em 2009 | César Ovalle/Divulgação
Rodrigo Lemos (à esq.), Eduardo Cirino, Neto Relics e Francis Yokohama, em 2007: última formação da banda desativada em 2009| Foto: César Ovalle/Divulgação

Show

Poléxia – O Avesso

Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. Amanhã, às 19 horas. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Sujeito à lotação.

A Poléxia era um dos nomes da linha de frente da cena curitibana quando lançou seu primeiro álbum, O Avesso, em 2004. O disco reuniu um punhado de canções pop inteligentes e bem-realizadas e ajudou a colocar o grupo no mapa da música brasileira independente naquele ano, quando se apresentou no mesmo palco de artistas como Los Hermanos e Pixies, no Curitiba Pop Festival.

Dez anos depois, ao ser convidado pela Fundação Cultural de Curitiba para um repeteco do revival da Poléxia na Corrente Cultural, em novembro do ano passado, o tecladista Eduardo Cirino viu na efeméride a chance de revisitar o disco de estreia e fechar uma espécie de ciclo no Teatro do Paiol, onde a banda toca O Avesso na íntegra amanhã.

O músico volta a se reunir com o cantor e guitarrista Rodrigo Lemos – fundador da Poléxia, ex-integrante da Banda Mais Bonita da Cidade e hoje à frente do projeto Lemoskine – e com os integrantes da última formação da banda desativada em 2009, Neto Relics (bateria) e Francis Yokohama (baixo e vocais), além de convidados.

"Acho que o primeiro show importante da banda foi o acústico em que comemoramos um ano no Paiol, em 2003, e reunimos músicos da cidade, familiares e amigos", conta Cirino. "Lá começamos e acho que lá encerramos um ciclo que foi importante para nós. Depois vemos o que acontece", diz o tecladista, explicando que a próxima reunião da banda, se houver, será para trabalhar em material novo.

Repercussão

Cirino avalia que O Avesso, além de ter sido marcante por ser o debute dos músicos, abriu portas para a Poléxia, que se distinguia na cena local por sua postura artisticamente zelosa. "Trabalhávamos muito em elaborar shows em lugares diferentes, e nos preocupávamos com a parte estética. Pensávamos muito antes de aceitar um convite", conta o músico. "Hoje, não sei se teria o impacto que teve, já que há mais bandas preocupadas com o trabalho autoral. Acho que o impacto do disco se deveu também a isso", diz.

Para Rodrigo Lemos, o álbum não teve uma repercussão "mercadológica" além do público que já acompanhava a banda, mas se manteve relevante por meio da internet. "A reunião que fizemos na Corrente Cultural trouxe pessoas que não viam o show desde aquela época e também um público novo", conta.

Repertório

Se canções de O Avesso como "Aos Garotos de Aluguel" – regravada pela Banda Mais Bonita em 2011 – ainda estavam "na ponta do dedo", outras tiveram de ser reaprendidas para o show de amanhã, como "Joystick", "O Caminho da Quinta à Sétima Quadra" e "De Bem com a Garota", que vai ao palco pela primeira vez.

Os arranjos serão tocados à risca – de acordo com Lemos, um desafio tanto tempo depois. "Tem todo esse caminho para acessar onde a sua cabeça estava há dez anos", diz o guitarrista. "É como ver uma foto antiga, em que você está vestindo uma roupa da época que não condiz mais", compara.

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