A polícia dinamarquesa recuperou um auto-retrato do mestre holandês do século 17, Rembrandt, roubado num ousado assalto ao Museu Nacional da Suécia há quase cinco anos, informaram na sexta-feira (16) as autoridades. Quatro homens foram presos.
Dois iraquianos, um gambiano e um sueco foram pegos numa ação policial enquanto exibiam a pintura, de US$ 40 milhões, para um comprador potencial, num hotel de Copenhagen na noite de quinta-feira, disse a polícia dinamarquesa.
- Recuperamos a pintura durante uma ação planejada - afirmou Reuters o porta-voz da polícia, Flemming Steen Munch, acrescentando que os quatro homens permanecerão detidos por 13 dias, enquanto se aprofunda a investigação. - Teremos que continuar a investigação para ver se há mais gente envolvida.
Segundo ele, não há suspeitas contra o comprador em perspectiva. Se forem considerados culpados, os homens podem ser condenados a até seis anos de prisão.
A notícia foi bem recebida na Suécia. Ao ser indagada sobre como se sentiu ao saber da recuperação, Gorel Cavalli-Bjorkman, chefe de pesquisa do Museu Nacional da Suécia e perita em Rembrandt, disse à Reuters:
- Pulei de alegria!. Achava que seria recuperado algum dia, só esperava que o quadro estivesse de volta antes de eu me aposentar - disse ela.
Munch afirmou que aparentemente a pintura está em boas condições, mas Cavalli-Bjorkman disse que o restaurador de arte do museu vai realizar um exame mais detalhado.
A pintura foi roubada junto com obras-primas do impressionista francês Pierre-August Renoir, quando uma gangue armada entrou no museu, pouco antes do horário de fechamento, em dezembro de 2000. O museu fica em Estocolmo, de frente para o mar.
Enquanto um homem exibia uma sub-metralhadora no lobby, dois outros pegaram as pinturas do segundo andar. Quando fugiam, espalhando pregos na estrada para atrasar seus perseguidores, dois carros explodiram nas proximidades, desviando a atenção. Os homens então escaparam num pequeno barco, que mais tarde foi recuperado.
O quadro "Conversa", de Renoir, foi recuperado pela polícia sueca em 2001. A "Jovem parisiense", também de Renoir, ainda está desaparecida.
Em outro roubo de arte nos países nórdicos que chamou a atenção, uma versão de "O Grito", do artista norueguês Edvard Munch, foi roubada de um museu de Oslo no ano passado. O caso deixou o país perplexo e levou à criação de inúmeras teorias conspiratórias.
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