A polícia russa interrogou ontem o bailarino Nikolai Tsiskaridze, sobre o ataque com ácido ao diretor artístico do Bolshoi, Sergei Filin, em Moscou no último dia 18.
De acordo com as autoridades, os funcionários do Bolshoi e os parentes e conhecidos de Filin também prestarão depoimentos sobre o caso.
Tsiskaridze, um dos mais importantes artistas da história recente do Bolshoi, é a primeira figura pública a ser chamada a depor sobre o ataque.
A direção do Bolshoi e o próprio Sergei Filin afirmam que o crime teve motivações profissionais e ocorreu por conta do clima de divisões internas da instituição artística, embora ainda não tenham apontado publicamente qualquer suspeito.Tsiskaridze, que aparece regularmente como juiz em shows de talentos na TV, havia chamado a atenção dos investigadores com suas críticas à gestão de Sergei Filin no Bolshoi.
Tsiskaridze, no entanto, não é considerado suspeito pela polícia e negou qualquer ligação com o ataque.
"O que aconteceu é horrível", disse Tsiskaridze à agência de notícias RIA Novosti, e reclamou de ser "perseguido sistematicamente" pelo Bolshoi.
Internado em Moscou, Sergei Filin passa por uma série de cirurgias para recuperar a visão e reparar a desfiguração que sofreu ao ser atacado com ácido sulfúrico.
Ontem, o médico responsável por Filin descartou que o ex-bailarino possa perder a visão e afirmou que ele poderá retornar ao Bolshoi assim que se recuperar das próximas operações.
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