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Fazer o Festival de Cinema, Vídeo e DCine de Curitiba finalmente acontecer na cidade. Esta é proposta de Victor Aronis para o evento em sua nona edição, que acontece entre os dias 24 e 30 de outubro no Cine Plaza e nas salas da Fundação Cultural de Curitiba. O diretor da Calvin Entretenimento – organizadora do Festival de Teatro de Curitiba (FTC, o maior do gênero no país) e do Festival de Dança de Joinville – volta a produzir a mostra paranaense de cinema depois de seis anos (foi responsável pela organização da segunda e terceira edições) a convite da criadora e diretora-geral do evento, Cloris Ferreira.

"Por sua própria proposta, centrada na competição de curtas-metragens, o Festival de Cinema de Curitiba é um pouco fechado, interessa a um público restrito. E ele não era muito divulgado, não chamava a atenção das pessoas. Estamos trazendo a nossa experiência de divulgação e acho que vamos ajudar a desenvolver o evento", diz Aronis, que revela que a campanha publicitária da edição 2005 já está sendo desenvolvida – a primeira peça foi publicada recentemente em uma revista nacional de cinema. "Haverá material para televisão, mobiliário urbano, rádio e jornal, uma campanha nos moldes das criadas para o FTC, chamando as pessoas que normalmente não vão ao cinema e avisando aquelas que sempre vão que o festival chegou. Para quem não é freqüentador assíduo, outubro ficaria como a época de se ir ao cinema em Curitiba, assim como março é a época de ir ao teatro por causa do FTC", continua.

A mostra curitibana irá acontecer no mesmo período da importante Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, mas o organizador acredita que não haverá problemas de concorrência, pela diferentes propostas do evento – Curitiba passa curtas e São Paulo destaca principalmente longas internacionais. Aronis concorda que há muitos festivais de cinema no Brasil e que, por isso, deve-se buscar um diferencial. "Acho que mais mostras poderiam acontecer no nosso festival, devemos caminhar para algo próximo das mostras de cinema do Rio de Janeiro e São Paulo, nos distanciando dos outros eventos competitivos. Acho que vale mais a pena ter muita coisa de cinema no mesmo período do que se ter uma competição de poucos trabalhos. Mostras temáticas, atendendo vários tipos de demandas, tudo passando em vários lugares, inclusive em bares, fazendo ‘a grande semana’ do cinema em Curitiba", explica.

Essa proposta de uma maior abertura do evento começa este ano com a participação do cinema Novo Batel e Cinesystem, que reservarão alguns horários e salas para uma mostra organizada por eles próprios, mas fazendo parte da programação do festival. "No futuro, a idéia é integrar todos os complexos de cinema de Curitiba, que teriam pelo menos uma sala ligada ao festival, cobrando os mesmos preços. A idéia é popularizar o cinema no período da mostra, facilitar o acesso", confirma Aronis.

O organizador anuncia que, a partir deste ano, o vencedor do Festival de Cinema de Curitiba vai receber como prêmio cópias em película, que serão distribuídas em cinco capitais – a Calvin está negociando com os cinemas; o curta passaria antes das sessões principais. Outra promessa é gravar um DVD com os todos os filmes que receberem prêmios, que seria disponibizado para empréstimo gratuito nas videolocadoras.

Seleção

A organização do Festival de Cinema, Vídeo e DCine de Curitiba já divulgou a lista dos curtas selecionados para suas mostras competitivas (confira em www.festcinecuritiba.com.br).

* São 43 trabalhos realizados em película (12 deles concorrerão apenas na mostra Festival dos Festivais, para produções já premiadas em outros eventos), representando nove estados brasileiros, o Distrito Federal, Portugal e Uruguai.

* Foram escolhidos 39 vídeos de 11 estados brasileiros, Distrito Federal, Espanha e Portugal.

Os curtas paranaenses em competição são:

* Mostra Festival dos Festivais – Paisagem de Meninos, de Fernando Severo; e Visita Íntima, de Joana Nin.

* Mostra de curtas em película – A Hora do Galo, de Marcos França; Cachorro Não... Chichorro, de Arnoldo e Paulo Friebe; Descobrindo Waltel, de Alessandro Gamo; Shabelewski, de Nivaldo Lopes; e Viva Volta, de Heloísa Passos.

* Mostra de vídeos – Helena de Curitiba, de Josina Melo.

* A mostra não-competitiva de longas nacionais tem confirmada a presença apenas de Sal de Prata, de Carlos Gerbase. Para compor o restante da programação, a organização está em negociação com as seguintes produções: Cafundó, de Paulo Betti e Clóvis Bueno; Doutores da Alegria, de Mara Mourão; Soy Cuba – O Mamute Siberiano, de Vicente Ferraz; e Veneno da Madrugada, de Ruy Guerra.

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