As telas de Candido Portinari (1903-1962) abrigadas na Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, em Batatais (interior de São Paulo) foram criadas sem hesitação, rascunho ou remorso. É o que já revela uma pesquisa em andamento do Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo) sobre o conjunto de quadros.
As obras do artista paulistano na igreja de Batatais estão sendo restauradas desde janeiro. São, no total, 28 telas. Dez das 14 telas da via-sacra já foram restauradas. O restante deve ficar pronto até outubro. O trabalho custou R$ 374 mil ao estado.
Com auxílio de raio-X e infravermelho, os pesquisadores detectaram que por trás das pinturas não havia nenhum tipo de rascunho. Isto significa que ele criou sem errar as telas que chegam a ter 299 x 199 cm de dimensão.
Para a professora e coordenadora do curso de pós-graduação de história da arte da Faap, Caru Duprat, apesar de não ser raro, a técnica de Portinari demonstra que o pintor tinha total domínio da técnica. "Isso aparece bastante nos expressionistas, como Van Gogh. Portinari era um exímio desenhista", afirma.
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