Parte da Praça da Espanha já está sem os tapumes que a cercaram durante oito meses e o acesso a ela deve ser liberado ainda neste mês; a Casa de Leitura começa a funcionar somente no fim de abril.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Gravura

Centro Cultural vai dar destaque a gravuras. Um ateliê será montado no espaço e várias oficinas farão parte da programação. Os cursos serão gratuitos e atenderão diversas faixas etárias. O aluno arca somente com os custos do material utilizado.

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8 meses

É o período que a Praça da Espanha está em reforma. O projeto, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, foi executado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com recursos do Ministério do Turismo e da Prefeitura de Curitiba.

Depois de oito meses cercada por tapumes, a Praça da Espanha será reaberta para a população ainda neste mês (que acaba na próxima terça-feira, dia 31).

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Com a reforma, a Casa de Leitura Miguel de Cervantes amplia o escopo para se tornar um centro cultural.

Além de abrigar uma biblioteca e oferecer atividades ligadas à literatura – como fazia antes –, a casa terá programação da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) envolvendo artes visuais, dança, artes cênicas e música. A inauguração deve ocorrer até o fim de abril.

“A decisão de transformar a casa em Centro Cultural Miguel de Cervantes foi nossa, mas não interferimos no projeto de reforma”, diz a diretora de relações institucionais da FCC, Mirele Camargo.

Para ela, o local – que passou por uma readequação completa na infraestrutura, com assoalho novo, ar-condicionado e instalação elétrica – pedia um projeto desse gênero, com uma vizinhança ávida por esse tipo de programação.

Por isso, a intenção da FCC é fazer atrações que sejam sobretudo para a família, atendendo todas as faixas etárias.

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“Prevemos que a agenda da Praça da Espanha trabalhe neste ano mais na linha do jazz, blues e choro, e não tanto com o rock e o pop como acontecia”, explica a diretora. Haverá um palco fixo na praça, mantido pelo Instituto Municipal de Turismo, mas com curadoria da FCC.

Outra novidade é que o centro cultural abrigará um ateliê de gravura comandado pela artista curitibana Denise Roman, uma das profissionais da área mais experientes da cidade.

O ateliê, conta Mirele, será uma espécie de “pocket” da estrutura que já existe no Solar do Barão, com alguns equipamentos e prensa que virão do próprio Solar.

Uma das oficinas já programadas será sobre o artista plástico Poty Lazzarotto (1924-1998), celebrando o aniversário dele, no dia 29 de março. As aulas serão gratuitas, mas elas não incluem o material, que deve ser custeado pelo aluno.

Além de Denise, artistas como Carlos Daitschman e Geraldo Magela também participarão de ações e oficinas.

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Uma exposição do artista Rogério Dias está entre as atrações que abrem o centro no fim de abril.

Conhecido por retratar pássaros, Dias vai expor trabalhos que homenageiam Dom Quixote de La Mancha – uma de suas linhas de trabalho é sobre a obra de Miguel de Cervantes.

“Estamos programando uma surpresa para o dia, que virá do próprio artista. Ele trabalhou em outros objetos que envolvem a praça”, diz Mirele.