Entrada gratuita para o Festival Internacional de Curitiba lotou o Espaço Itaú na última semana| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Promoções

A reportagem selecionou algumas promoções de ingressos mais acessíveis nas principais redes de cinema da cidade:

• UCI (Shoppings Estação e Palladium)

Segunda Mania: R$ 7 (inteira) e R$ 3,50 (meia-entrada), exceto em véspera de feriado, para sessões em 2D. Sessão família: todos os sábados, domingos e feriados, filmes com início até às 14h55 têm ingresso a R$ 9 e R$ 4,50 (meia-entrada), em 2D. Clientes Itaú pagam meia-entrada todos os dias.

• Cinesystem (Shoppings Curitiba, Total e Cidade)

Nas terças-feiras, a rede realiza a promoção "Mais Cinema", com ingressos a R$ 9. Nas quintas-feiras, na famosa "quinta do beijo", o casal que se beijar em frente ao guichê paga R$ 12.

• Cineplus (Shoppings Jardim das Américas, Água Verde e Xaxim)

Os ingressos custam R$ 7 nas segundas-feiras. No Água Verde, a entrada sai por R$ 6 e R$ 3 nas terças e quartas-feiras. No fim de semana, no Jardim das Américas, o valor é de R$ 7 (preço único), até 13h30. A pipoca sai por R$ 3 todos os dias.

• Cinemark (Shoppings Mueller e ParkShopping Barigüi)

A rede continua com a promoção "Segunda Imperdível", por R$ 7 e R$ 3,50 (meia-entrada). O desconto não é válido para sessões 3D. Nesse dia, há venda de um combo (pipoca, refrigerante e bombom Serenata de Amor) que varia entre R$ 5 e R$ 6 (dependendo do complexo).

• Espaço Itaú de Cinema

Professores cadastrados no programa Clube do Professor não pagam entrada aos sábados em uma sessão selecionada. Para participar, é necessário se cadastrar no site www.escolanocinema.com.br para obter a carteirinha (que também vale para desconto de 50% de segunda a sexta-feira), que deve ser apresentada sempre com o RG. O dia mais barato é a quarta-feira (R$ 12). Clientes Itaú pagam meia-entrada todos os dias.

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Interatividade

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Quem frequenta os cinemas de Curitiba habitualmente já deve ter percebido que o preço do ingresso, da pipoca e de outros serviços agregados ao programa está mais oneroso. Até mesmo as promoções realizadas pelas redes, em alguns casos, não andam tão atraentes para o consumidor, que leva muito em conta o quanto irá desembolsar na hora de sair de casa. Um levantamento realizado em março pela Paraná Pesquisas aponta que o preço aparece em segundo lugar (com 25% dos votos) como o fator mais determinante, perdendo somente para o filme em si.

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A alta não é apenas percepção, mas estatística. O preço do lazer típico dos fins de semana subiu nas grandes cidades do país, em média, 7,87% nos últimos 12 meses até março de 2012, segundo levantamento feito pelo economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. O aumento venceu a inflação apurada pelo IPC/FGV no mesmo período, que foi de 5,50%. Na lista composta por sete itens, o ingresso para o cinema subiu 8,60%.

De acordo com o economista, diversos fatores explicam a alta: a primeira é a modernização das salas, com novas tecnologias e mais conforto, o que força o empresário a repassar o custo ao consumidor. Outro ponto determinante é o avanço na renda das famílias e a política de valorização do salário mínimo. "Isso dá um conforto para se gastar mais em coisas fora do orçamento."

Entretanto, o grande vilão que encareceu a ida ao cinema foi o estacionamento, com alta de 15,03%. "Nunca se vendeu tanto carro no país, com uma diversificação do crédito e taxa de juro mais baixa. Os estacionamentos sentiram esse reflexo", salienta Braz. Leitores que responderam a uma enquete no site da Gazeta do Povo sobre os preços cobrados nos cinemas concordaram que pagar para deixar o carro no shopping (local onde estão quase todas as salas de exibição da cidade) espanta. "Fui ao cinema pagando duas meias-entradas. Gastei R$ 23 para ver um filme em 3D. O susto foi enorme na hora de pagar o estacionamento, que saiu R$ 15,50", disse Robeli Cristine Prodossimo Karacheski. O leitor Márcio Costa contou que prefere programas alternativos por conta do custo. "Ir ao cinema se tornou um programa cultural muito caro, diversão para quem tem grana."

Segundo empresários do ramo, o aluguel, o repasse de parte da bilheteria para as distribuidoras e o salário dos funcionários são custos que influenciam no aumento do valor do ingresso (a correção tem como base o Índice Geral de Preços do Mercado acumulado no ano). A meia-entrada também pesa, diz o diretor da Rede Cinesystem, Eduardo Vaz. "Cerca de 70% é meia, e 30% acaba subsidiando o restante." As promoções do dia de semana fazem com que os cinemas instituam um bilhete mais caro entre sexta-feira e domingo, quando o volume de pessoas é maior. "Temos um impeditivo para fornecer um ingresso mais acessível nesse período por conta da distribuidora, que não tem interesse que a gente baixe o preço."

Na contramão da tendência de alta, o diretor-geral da Rede Cineplus, Milton Durski, não eleva há dois anos o valor do ingresso 3D e há três o 2D. Com cinemas em bairros (Água Verde, Xaxim e Jardim das Américas), Durski buscou a classe emergente, público pouco explorado pelos circuitos nacionais. "Meu custo operacional é enxuto e trabalho com uma margem de lucro menor. Por isso, consegui fidelizar um público que também fez eu me atualizar, investindo em conforto e novas tecnologias, corri atrás dessa necessidade de mercado."

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Em conta

Colocar preços baratos durante a semana (veja o quadro abaixo) é uma estratégia das redes para reduzir a capacidade ociosa nas salas neste período, mas nem todos os cinemas trabalham com valores tão diferentes. O Espaço Itaú de Cinema (antigo Unibanco Arteplex), após reforma e reinauguração, não retomou algumas promoções (mas manteve outras, como o Clube do Professor, aos sábados), como a de R$ 6 nas quintas-feiras. "Foram seis meses de obras e é necessário recompor custos", explica o diretor de programação da rede, Adhemar Oliveira. Porém, novas medidas em relação ao valor do bilhete devem ser implementadas em breve, segundo ele. "Mas nenhuma empresa fica engessada dentro de uma promoção, ela é válida para um período."

Colaborou Luís Guilherme Rodrigues.