A abertura da exposição "Marilyn Monroe o mito" marcada para essa terça-feira (9) no Museu de Arte Moderna do Rio, teve que ser adiada porque as obras ficaram presas no aeroporto de Cumbica, em São Paulo.
Segundo o curador da mostra, Geraldo Jordão Pereira, os fiscais da alfândega não consideraram as 62 fotografias da diva platinada como obras de arte e desaprovaram a forma como os quadros foram trazidos ao Brasil.
As imagens clicadas pelo fotógrafo americano Bert Stern seis semanas antes da morte de Marilyn Monroe, em agosto de 1962, fazem parte de uma exposição que já passou pelo Museu Maillol, em Paris. As fotos, feitas na suíte do luxuoso hotel Bel Air, em Los Angeles, mostram a atriz nua, coberta apenas com lenços de seda.
"Essa atitude é de um atraso que chega a me causar espanto", afirmou o curador. "Os fiscais da alfândega estão exigindo o pagamento de uma taxa, pois não consideram as fotos como obras de arte, que podem ser transportadas sem a cobrança", explicou Pereira, que entrou com uma liminar na Justiça para que as imagens sejam liberadas.
Segundo o curador, a exposição será aberta na próxima quinta-feira (11), com coquetel para convidados, e para o público no dia seguinte. Parte da renda arrecada na bilheteria da mostra será revertida para 60 projetos sociais do Rio.
Cicatriz
O ensaio revela detalhes da intimidade de um dos maiores símbolos sexuais do cinema. Marilyn foi fotografada quase sem maquiagem, exibindo as sardas no rosto e colo, além de uma grande cicatriz no abdome, resultado de uma operação na vesícula.
As imagens mostram que durante as sessões fotográficas que aconteceram durante três dias e três noites foram consumidas inúmeras garrafas de champanhe. A última foto do ensaio mostra Marilyn adormecida.
Antes das fotos de Stern, a estrela só havia posado nua para um calendário, publicado no primeiro número da Playboy, no início dos anos 50.
Norma Jean Mortenson, o verdadeiro nome de Marilyn Monroe, nasceu em 1926, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Tornou-se um dos maiores ícones de Hollywood ao estrelar filmes como "Quanto mais quente melhor", "O pecado mora ao lado" e "Os homens preferem as loiras".
A atriz morreu aos 36 anos, enquanto dormia em sua casa em Brentwood, na Califórnia. A versão oficial de sua morte, que gerou diversas especulações, afirma que a atriz havia ingerido uma grande quantidade de tranqüilizantes.
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