As filmagens de Corpos Celestes produção dirigida por Fernando Severo e Marcos Jorge, primeira vencedora do edital de cinema do Governo do Paraná estão sendo finalizadas esta semana em Curitiba. Foram seis semanas de trabalho, que também incluíram gravações nas cidades de Castro, Piraquara e Araucária.
Os diretores, estreantes no comando de um longa-metragem, dividiram funções no set de filmagem: Jorge trabalhou diretamente com os atores, operando a câmera, inclusive; Severo foi o responsável pelo acompanhamento artístico das cenas. "A operação foi dividida para não confundir a equipe na hora da filmagem. Dessa forma, o Marcos comandou o set no sentido técnico e eu fiquei com a parte artística. Mas a concepção das cenas foi feita em conjunto, tudo foi planejado antecipadamente", confirma Severo. "Estamos dividindo o trabalho numa boa e tudo está dando muito certo. Nós nos completamos bastante, cada um está usando o máximo de suas especialidades em prol do filme", completa Jorge.
A dupla de cineastas e os atores principais da produção destacam que o extenso trabalho de ensaios realizado (com duração de um mês) contribuiu muito para o sucesso da filmagens. "O esquema de ensaio foi muito interessante. Não havia trabalhado com um processo tão longo em minha carreira, nem tinha conhecimento de um outro filme ter sido assim. Funcionou muito bem", comenta Dalton Vigh, que interpreta o protagonista Francisco, homem apaixonado pela astronomia, que na trama passa por um momento de reflexão na vida. "Utilizamos muito improviso, o que facilitou agora nas filmagens, na marcação das cenas", continua Carolina Holanda, que vive Diana, mulher envolvida com o personagem central.
A produtora Cláudia da Natividade informa que está negociando Corpos Celestes há quatro meses com uma grande distribuidora. "Os contatos estão bem avançados", confirma. A empresa deve ajudar numa avaliação criteriosa de participação do longa em festivais, definindo estratégias de lançamento. "Nossa intenção é tentar usar os festivais para o lançamento comercial do filme", comenta Jorge.
Para Cláudia, no formato do cinema atual, a distribuidora deve estar presente no projeto desde a realização das versões finais do roteiro. "Tivemos a oportunidade de fazer isso, mas não pudemos concretizar a parceria por impedimento do edital", diz. Segundo Jorge, a experiência de produção de Corpos Celestes ajudou na formatação do segundo edital do estado, que já está com inscrições abertas (leia quadro ao lado). "O novo edital foi feito de uma forma diferente devido a uma batalha nossa para aperfeiçoá-lo. Ele será melhor para quem ganhar, pois permite fazer captação adicional de recursos, por exemplo", revela o diretor.
Marcos Jorge e Cláudia da Natividade já estão em pré-produção do longa-metragem Estômago, vencedor do edital de filmes B.O. (baixo orçamento) do Ministério da Cultura. A produtora confirma negociações para a fita conseguir uma co-produção internacional.
Já Fernando Severo pretende finalizar dois documentários de média-metragem em 2006, ambos já filmados: FAB 2068 O Milagre da Selva, realizado na Amazônia, e outro sobre o fotógrafo Helmut Wagner. "Continuo com meus projetos de longa. Vou inscrever novamente o Chove Sobre Minha Infância (adaptação do livro de Miguel Sanchez Neto) no concurso do MinC. Como ele ficou como primeiro suplente em outro edital, acho que tenho chances concretas de conseguir recursos", conclui o cineasta.
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