A idéia surgiu no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, começou com um site na internet e agora ganhou um espaço que reúne títulos sobre o Paraná e de autores paranaenses. A Livraria Pedra da Gazeta Espaço Cultural Canto do Paraná, localizada no Shopping Itália, está funcionando há cerca de um mês, oferecendo títulos que descrevem a geografia do estado, contam sua história, além de apresentar obras editadas pela Imprensa Oficial e raridades.
O objetivo do espaço é preservar a identidade dos paranaenses, tornando-se um endereço de referência para quem procura alguma obra sobre o estado. "São livros que estavam pulverizados, às vezes sem espaço em outras livrarias, que agora têm um ponto certo onde podem ser encontrados. É um espaço de resistência da cultura paranista", comenta Anthony Leahy, proprietário da livraria.
No local encontram-se livros como "Genealogia Paranaense" de Francisco Negrão, que conta a história das famílias nucleares que ajudaram a formar o Paraná, obra dividida em 9 volumes; "Árvores do Paraná" de Romário Martins; "Dicionário Sociolingüístico Paranaense: origens e significado de mais de 5 mil palavras e expressões paranaenses" de Francisco Filipak; "Curitiba nas curvas do Tempo", do próprio Leahy, que conta a origem da capital paranaense, quando cada bairro representava uma colônica étnica dos imigrantes. Os preços variam de R$ 5,00 a R$ 300,00, com preço médio entre R$ 10,00 e R$ 20,00. CDs e DVDs sobre a história do Paraná também são encontrados na Pedra da Gazeta.
O nome da livraria e do site faz um resgate da história da capital paranaense. Se refere ao mural de mármore negro que existia na porta da Gazeta do Povo, na década de 40, quando a sede do jornal funcionava na Rua XV de Novembro, nº 53 (atual 287), e fixava na fachada do prédio um resumo das principais notícias do dia. Era comum as pessoas marcarem encontro no local, assim liam as notícias na "pedra da Gazeta".
A idéia de criar uma livraria especializada em obras sobre e de autores do Paraná segue modelos já adotados em outros estados como Rio Grande do Sul, Bahia e Minas Gerais. "Não é uma atitude bairrista, é uma forma de fortalecer um dos elos da grande nação que é o Brasil. O paranaense precisa se conhecer, valorizar sua terra. Se isto não for cultivado, o paranaense pode ser descaracterizado", opina Leahy, de origem irlandesa e natural de Salvador, na Bahia, que diz ter herdado do pai a paixão pelo Paraná, onde a família costumava vir passear. Há seis anos fixou residência na cidade e diz que quer ajudar aos paranaenses se reconhecerem como tal.
A livraria funciona de segunda a sexta das 9h às 20 horas, e aos sábados até às 18 horas, no 2º Piso do Shopping Itália.
Na sua opinião os paranaenses varolizam, ou não, a cultura paranaense?
Serviço: Livraria Pedra da Gazeta (Shopping Itália, 2º Piso - Rua Marechal Deodoro, 630, Centro) Tel.: 3029-1995.
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