Está em cartaz, no Cine Guarani (no Portão Cultural), às 18 e 20 horas, A Culpa de Voltaire, primeiro longa-metragem do cineasta franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, diretor de Azul É a Cor Mais Quente, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2013.
O filme tem como "tema central", por assim dizer, a imigração ilegal na França, e conta a história de Jallel (Sami Bouajila), um jovem tunisiano que deixa seu país de origem, no norte da África, e parte para a França, que ele julga ser a "terra da igualdade, liberdade e fraternidade", a pátria de Voltaire e dos direitos humanos.
Ao chegar a Paris, Jallel se depara com um mundo diverso daquele que imaginava em sua cabeça, mas não pior, apenas diferente. Hoje uma cidade multirracial, a capital francesa o surpreende. Embora exista racismo implícito nas relações cotidianas que observa nas estações de trem e de metrô, assim como nas ruas, há, também, franceses pobres, condenados à mendicância. E, nos albergues municipais para moradores sem-teto, o personagem vai testemunhar manifestações espontâneas de solidariedade. Um cineasta muito atento a detalhes, a nuances, Kechiche, como viria demonstrar nos ótimos A Esquiva (2003) e O Segredo do Grão (2008), prova ser particularmente sensível em relação a questões do cotidiano. Embora seus filmes sempre tenham um forte teor social, esse aspecto não sufoca a complexidade dos personagens. GGGG
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião