O curta-metragem paulista Balaio, de Luiz Montes, foi o vencedor do Prêmio Pinhão para melhor filme em curta-metragem do 9.º Festival de Cinema Vídeo e DCine de Curitiba (FCVDC). O evento foi encerrado na noite do último domingo, em cerimônia comandada pelo comediante stand-up Diogo Portugal. A platéia, composta em grande parte por por autoridades, classe artística e curiosos, acabou soltando algumas risadas culpa de uma imitação engraçada do ex-prefeito de Curitiba, Rafael Greca. A orquestra de metais Paraná Brass entreteve a platéia com um repertório de trilhas sonoras do cinema.
A organização do evento pode comemorar um público de 15 mil pessoas, somando-se todos os eventos nos seis dias de programação. Em 2004, foram apenas 3 mil, e no ano anterior, 10 mil. Os espectadores compareceram em peso nas mostras competitivas de vídeos e filmes e na mostra de longas-metragens. Não houve disputa pelos assentos o mau tempo que se abateu sobre Curitiba não ajudou mas as sessões sempre encheram.
Debates
Também houve cancelamentos em função da falta de público. Ninguém compareceu à palestra de Bruna Rafaela sobre a rearticulação do movimento cineclubista no Brasil, na sexta-feira passada. No sábado, o bate-papo com Beto Brant, diretor de Crime Delicado, reuniu aproximadamente 15 entusiastas. A situação se repetiu nas outras três palestras, consequência provável da falta de clareza do guia de programação, que não trouxe nem os nomes dos conferencistas, nem os temas discutidos uma pena, levando-se em conta a os temas debatidos e os convidados.
A escolha do Cine Plaza como sede do evento motivou elogios unânimes. Todos os dias foi possível ouvir relatos saudosistas do público presente, que não freqüentava o espaço há anos. A esperança manifesta pelos freqüentadores é que a sala receba melhorias no equipamento de exibição para a próxima edição do evento.
O pernambucano Entre Paredes, com roteiro, direção e montagem de Eric Laurence, acumulou o maior número de prêmios (filme ficção, trilha musical e ator). O curta paranaense Paisagem de Meninos, de Fernando Severo, levou o Prêmio Festival dos Festivais, que reúne apenas as produções já laureadas em outros eventos. O documentário Visita Íntima, de Joana Nin, ficou com uma menção honrosa. Os melhores animação e documentário também são do Paraná: respectivamente, Pax, de Paulo Munhoz, e Descobrindo Waltel, de Alessandro Gamo. Na categoria vídeo, o vencedor foi o curta paulista O Japonês da Coréia, de Rodrigo Castanho. Helena de Curitiba, de Josina Melo, foi o laureado com prêmio de melhor videodocumentário.
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