Takes
Saiba mais sobre o filme de Aristeu Araújo:
Cinemateca
Naquela Noite Ele Sonhou com um Mar Azul, de Aristeu Araújo, logo poderá ser visto pelo público curitibano. O curta será lançado no dia 15 de dezembro, às 20 horas, na Cinemateca de Curitiba, com exibição e debate.
Adaptação
O jornalista e cineasta de Natal (RN) conta que já se adaptou bem à vida em Curitiba, onde vive há quase dois anos. Trabalha na editora Aimará, produzindo vídeos institucionais, e é editor da Revista Moviola (www.revistamoviola.com.br), que criou com amigos em 2007.
Paranaenses
Dentre as produções paranaenses que já teve oportunidade de conhecer, Araújo destaca os curtas Haruo Ohara, de Rodrigo Grota, e a animação Meu Medo, de Murilo Hauser.
O curta-metragista Aristeu Araújo deixou Natal, no Rio Grande do Norte, onde nasceu, decidido a estudar Cinema no Rio de Janeiro. "Não havia o curso em faculdades perto dali", conta. Desde 1995, quando participou de uma oficina cinematográfica, ele está envolvido com o meio cinematográfico, mas considera sua entrada definitiva neste universo a realização do curta Crime É Silêncio (2002), um documentário sobre presidiários que lhe serviu de projeto de conclusão do curso de Jornalismo. A ele se seguiriam as ficções Ruivos (2004), uma adaptação do conto "Tentação", de Clarice Lispector, e Espera (2006). Mal concluiu o curso de Cinema na Universidade Federal Fluminense (UFF), onde apresentou como trabalho final o curta Estela, no ano passado, Araújo mudou-se com a esposa para Curitiba. Tinha na cabeça a realização de seu quinto filme, Naquela Noite Ele Sonhou com um Mar Azul, que exibe hoje na mostra competitiva de curtas-metragens digitais do 43º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
A ficção de 20 minutos, que tem como protagonista um jornalista carioca de cerca de 40 anos, morador de Copacabana, só poderia ser feita em cenários fluminenses, mas acabou se tornando uma "coprodução Rio-Curitiba", como gosta de dizer o diretor, já bem adaptado à nova vida na capital paranaense. "Tive de realizar uma produção remota. Toda a finalização do curta foi feita aqui e uma parte da equipe responsável pelo som direto, still e assistência de produção é daqui", diz.
Não foi fácil contar a história de Nestor, um homem motivado a mudar de vida com a chegada do ano-novo. Isso porque a equipe, em parte deslocada de Curitiba, teve de filmar algumas cenas em plena loucura do réveillon carioca. "Gastei quase metade do pouco orçamento que tinha no bolso pagando os figurantes", conta Araújo. Seu único apoio, aliás, veio por meio de incentivos que recebeu, em 2008, ao ter o roteiro selecionado em um workshop do Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro o Curta Cinema.
As cenas do protagonista caminhando pela cidade em festa foram gravadas com a massa de pessoas de branco que assistia ao show de fogos. "Filmei na rua, com a equipe quase maluca, o que deu ao filme um aspecto documental", diz o diretor. Ele propõe uma espécie de jogo com a palavra sonho, que injeta ação na vida de Nestor, desejoso de mudança, mas por vezes pode ser interpretada em seu sentido literal. "A transformação do personagem pode ser compreendida pelo espectador de um modo surrealista", explica.
Para realizar o curta, o formato digital foi fundamental. "Não conseguiria realizar os trechos documentais em película", conta o diretor, referindo-se não só aos valores monetários, de cifras bem mais baixas, mas à maior leveza e adaptabilidade do equipamento. Autor de cinco curtas-metragens, ele não descarta, no entanto, as oportunidades que surgirem de realizar um longa-metragem. "Gosto muito da linguagem do curta, mas acho que já começo a não caber mais no formato", diz ele. Ideias para isso não lhe faltam.
A jornalista viajou a convite da organização do festival.
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