O famoso produtor musical Phil Ramone, que trabalhou com Bob Dylan, Frank Sinatra, Tony Bennett, Paul McCartney, Ray Charles, entre outros, morreu aos 72 anos de idade neste sábado (30).
Ramone tinha mais de 50 anos de carreira na música e venceu o prêmio Grammy 14 vezes, tendo 33 indicações. Ele também era conhecido pela alcunha de "o papa do pop", dada sua importância na indústria fonográfica.
Ele havia sido internado no hospital Presbyterian de Nova York em fevereiro por causa de um aneurisma e morreu na manhã de hoje.
Nascido na África do Sul, em 1941, Ramone trabalhou durante anos como compositor, engenheiro de som e expert em acústica e se tornou um dos produtores mais confiáveis para as estrelas da música.
Trabalhou em discos como "A Happening in Central Park" (1967), de Barbra Streisand, "Ram" (1971), de Paul e Linda McCartney, "Blood on the Tracks" (1975), de Bob Dylan, "Still Crazy After All These Years" (1975), de Paul Simon, "The Stranger" (1977), de Billy Joel, "Duets" (1993), de Frank Sinatra, e "Genius Loves Company" (2004), de Ray Charles.
Além disso, Ramone atuou como engenheiro no clássico disco "Getz/Gilberto", parceria entre o saxofonista americano Stan Getz (1927-1991) e o músico brasileiro João Gilberto. A obra, que recém completou 50 anos, abriu as portas para a música brasileira no exterior. Foi um dos discos de jazz mais vendidos da história e deu a Ramone seu primeiro Grammy, de melhor engenharia de som. O álbum também venceu o prêmio de disco do ano.
Numa entrevista em novembro de 2012, Ramone falou um pouco sobre seu método de trabalho.
"Você tem que correr tão rápido quanto o artista, capturar a mágica logo no começo. Depois de alguns takes, as pessoas começam a intelectualizar o que estão fazendo, e isso faz com que algo se perca. O que é especial acontece logo de primeira, então você tem que estar preparado para isso."