Charlie Sheen foi demitido do papel de protagonista da série de TV "Two and A Half Men" porque os produtores temiam que ele morresse ou causasse a morte de alguém devido ao consumo desenfreado de cocaína, segundo o produtor Chuck Lorre.
Um dos criadores da série cômica mais vista dos Estados Unidos, Lorre rompeu o silêncio sobre o caso Sheen em entrevista à revista TV Guide.
Sheen, que era o ator mais bem pago da TV norte-americana, foi demitido em março, após semanas de baladas alimentadas por drogas, por uma tentativa de reabilitação feita de má vontade, e de uma série de agressões verbais públicas contra Lorre e os produtores do programa.
Lorre disse que a Warner Bros. e a rede CBS, responsáveis pela série, "optaram por tomar uma decisão moral, ao invés de financeira. Não era um jogo. Era um vício em drogas dos mais evidentes. Era cocaína à beça, e, nas suas próprias palavras, uma 'épica fase de drogas' que poderia ter terminado com a morte dele ou de terceiros".
Ele afirmou que, antes da demissão, ele e outras pessoas da produção tentaram durante meses uma intervenção.
"Eu tinha muito medo de que o meu amigo fosse morrer. Quando a gente gravava um programa numa sexta-feira à noite, sempre havia aquele 'Vejo você na segunda - tomara'. As férias eram o pior, porque os longos períodos eram os que mais temíamos."
"Não seríamos complacentes. Havia uma tragédia se desenrolando à nossa frente. Havia violência e apagões. Num certo nível, se você olha para o outro lado, é responsável. Não dá para conciliar tanta cocaína com trabalho", disse ele à revista.
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