Os produtores do musical do Homem-Aranha na Broadway iniciaram um processo contra a ex-diretora Julie Taymor, que foi demitida do espetáculo, acusando-a de prejudicar a produção ao não se importar com a venda de bilheteria. O arquivo de 66 páginas enviado a uma corte federal em Nova York pelos produtores Michael Cohl e Jeremiah J. Harris acusa Julie de "desenvolver um musical obscuro, alucinógeno e desconexo", e vem como resposta ao processo que a diretora moveu contra eles, em novembro. Após um desastroso início, com atores machucados nos ensaios e atrasos seguidos para a estreia, "Spider-Man: Turn Off the Dark" tem conseguido audiências lotadas na Broadway. Atingiu um recorde de faturamento de 2,9 milhões de dólares entre o Natal e o dia de Ano-Novo, de acordo com dados do site oficial The Broadway League. O musical cheio de ação baseado no personagem mais famoso das histórias em quadrinhos da Marvel, que custou em torno de 70 milhões de dólares para ser montado com música de Bono e The Edge, foi revisado após a demissão de Julie da produção, em março de 2011. Em seu processo por infração de direitos autorais registrado contra os produtores de "Spider-Man", a diretora argumenta que, após o show ter sido remodelado, eles continuaram a fazer "uso ilegal e não autorizado" do trabalho feito por ela. Os advogados dos produtores, porém, disseram em seu contra-processa, registrado na terça-deira, que a diretora faltou com suas obrigações de co-escrever e colaborar no musical. "Taymor se negou a desenvolver um musical que seguisse o original, a história conhecida do Homem-Aranha, que foi retratada nas histórias em quadrinhos da Marvel e no sucesso da trilogia do cinema que foi baseada nelas", afirmou o documento. "Ao invés disse, Taymor, que admitiu que não era fã do Homem-Aranha antes de seu envolvimento com o musical, insistiu em desenvolver um musical obscuro, desconexo e alucinógeno que envolvia suicídio, sexo e morte."
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