O projeto de lei 366/2011, do deputado estadual Professor Lemos (PT), que prevê a extensão do benefício do pagamento de meia-entrada a todos os profissionais das redes de ensino público e particular, foi retirado ontem da pauta da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para discussão por dez sessões.
Anteontem, o projeto havia sido aprovado em primeira votação. A justificativa do deputado, explicitada no documento, focava no estímulo à cultura: "Incentivar e oportunizar a participação também de funcionários em eventos culturais em seus mais variados aspectos é promover a cidadania, que é uma das funções basilares do estado".
"O projeto tem função pedagógica. Se a gente estimular os profissionais da educação a consumirem cultura, isso refletirá também em outras famílias. É fazer com que o acesso ao bem cultural seja facilitado", explica Lemos. Ele afirma que o objetivo do projeto de lei não é interferir na arrecadação dos empresários: "Pelo contrário, queremos ocupar as cadeiras vazias dos espetáculos".
Efeito colateral
Para Fábio Neves, diretor da Seven Entretenimento, que organiza shows e espetáculos em Curitiba, as leis estaduais da meia-entrada deveriam ser regulamentadas. "Em São Paulo, por exemplo, os estabelecimentos têm uma cota de até 30% dos ingressos destinados à meia-entrada. Como não podemos fazer isso aqui, os empresários, prevendo o grande volume de pagantes com desconto, aumentam o preço original", diz, e complementa defendendo que, enquanto isso não ocorre, é melhor que o benefício se estenda a todas as classes.
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