Fatos e números
Saiba mais sobre o Cine Guarani:
Sessões
O Cine Guarani tem três sessões diárias, às 16, 18 e 20 horas. A das 16 horas é destinada ao público infantil e adolescente. Já as noturnas são voltadas aos adultos.
Preço
Os ingressos custam R$ 5 e R$ 2,50 (meia-entrada) e R$ 1, aos domingos.
Público
De 1º de julho a 31 de outubro de 2012, o cinema recebeu 3,218 mil pessoas, entre pagantes e não pagantes, número que inclui as sessões realizadas para escolas.
A média de público pagante tem sido de 20 a 30 pessoas por sessão, dependendo do filme. O ideal seria ter pelo menos metade da ocupação da sala, que tem 164 lugares.
Em janeiro
Confira a programação do Guarani para janeiro de 2013:
De 2 a 10 de janeiro, será exibido, no horário das 16 horas, o Curta Criança, seleção de filmes do edital Curta Criança do Ministério da Cultura. De 11 a 30, está programado o longa de animação Peixonauta Agente Secreto da Ostra, de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo
Dentro da programação da Oficina de Música de Curitiba, serão exibidos, nas sessões noturnas, os documentários Cantoras do Rádio, de Gil Baroni e Marcos Avellar, e Futuro do PretéritoTropicália Now, de Ninho Moraes e Francisco Cesar Filho.
Um dos melhores filmes que estiveram em exibição em Curitiba nas últimas semanas foi o premiado longa-metragem uruguaio A Vida Útil, de Federico Veiroj, que tem como protagonista um homem que após uma existência inteira de trabalho dedicado à Cinemateca de Montevidéu, se vê sem emprego e, pior, roubado da razão de sua vida: o cinema.
Embora tenha sido o filme escolhido para representar o Uruguai na corrida por uma vaga entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2011, e tenha sido exibido na capital paranaense por algumas semanas, A Vida Útil foi visto por pouquíssimos espectadores. Assim como boa parte dos títulos exibidos no Cine Guarani, desde que a sala instalada no Centro Cultural do Portão (CCP) e sob o comando da Fundação Cultural de Curitiba foi reinaugurada em 28 de junho deste ano, depois de passar por extensas reformas.
Segundo a coordenadora de Cinema e Vídeo da Cinemateca de Curitiba, Solange Stecz, também responsável tanto pela administração quanto pela programação do Guarani, o público da sala, que tem 164 lugares, tem deixado muito a desejar. A média de ocupação tem sido de 20 a 30 espectadores por sessão, em uma estimativa otimista, quando o ideal seria ter metade dos assentos tomados nas três sessões diárias: às 16 horas, com filmes voltados ao público infantojuvenil, e às 18 e 20 horas, com programação destinada a adultos.
O Cine Guarani teve sua primeira vida no bairro Portão entre 1955 e 1974, quando foi fechado. Em 1988, a sala foi reinaugurada, já dentro das instalações do Centro Cultural do Portão, com a exibição do longa nacional Eternamente Pagú, de Norma Bengell. Essa segunda encarnação durou até 2003, quando fechou as portas, reabertas neste ano.
Motivos
Há várias razões que explicam a baixa frequência do Guarani. A sala é ainda pouco conhecida dos curitibanos e está cercada de salas de exibição de perfil comercial, em multiplexes que funcionam nos shoppings Total e Palladium, vizinhos do CCP. A programação, por sua vez, talvez nem sempre tenha grande apelo para uma plateia mais numerosa.
Solange disse à reportagem da Gazeta do Povo que a opção é por títulos nacionais mais alternativos A Vida Útil é uma exceção internacional que poderá ser seguida por outras , que não tenham encontrado telas disponíveis no grande circuito. "Por isso, temos trabalhado principalmente com distribuidoras independentes, como Vitrine, Polifilmes, Downtown, e Pandora."
As chamadas majors (Universal, Paramount, Fox e Sony), e mesmo empresas menores, conta Solange, relutam em deixar que seus filmes sejam exibidos no Guarani, porque o cinema tem ingressos subsidiados, bem mais baratos do que a média do mercado: R$ 5, R$ 2,50 (meia) e R$ 1 (aos domingos). Como ficam com 50% do total arrecadado, acabam recebendo muito menos do que ganhariam caso o filme estivesse em cartaz no circuitão.
Desde sua abertura, o Guarani exibiu títulos festejados pela crítica, como Girimunho, de Helvécio Marins e Clarissa Campolina, Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marcos Dutra e o documentário Vou Rifar Meu Coração, de Ana Rieper.
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