As obras-primas do pintor norueguês Edward Munch "O Grito" e "Madonna" foram exibidas na terça-feira (26) pela primeira vez desde que foram recuperadas pela polícia em agosto, dois anos depois de serem roubadas de um museu de Oslo.
As pinturas de 1893 sofreram pequenos danos enquanto estavam nas mãos dos ladrões, que as levaram do Museu Munch, em plena luz do dia e diante de perplexos turistas, no dia 22 de agosto de 2004.
- As pinturas não estão tão danificadas a ponto de ser impossível ter uma experiência estética completa com elas - disse Ingebjoerg Ydstie, curador interino do Museu Munch.
As obras, mostradas à imprensa nesta terça-feira, ficarão expostas ao público de quarta a domingo, antes do início dos trabalhos de restauração, que devem levar cerca de um ano.
As telas estão sendo exibidas deitadas, em vitrines de vidro climatizadas, feitas especialmente para o evento.
"Madonna" tem um buraco do tamanho de uma moeda e um rasgo menor na tela. O dano a "O Grito" é ainda mais difícil de identificar - o mais visível é a umidade no canto inferior esquerdo.
"O Grito", a obra mais famosa de Munch, é um ícone da angústia existencial. Mostra um homem aterrorizado, boquiaberto, diante de um céu vermelho. "Madonna" mostra uma mulher de seios nus e longos cabelos negros.
Gry Landro, restaurador do Museu Munch, disse à Reuters que será difícil reparar "O Grito", pois ele foi pintado sobre um papelão colado a uma base de madeira.
- Não dá para consertá-lo por trás - afirmou.
Já Ydstie disse que provavelmente será possível reparar os rasgos na "Madonna".
As pinturas foram recuperadas dois anos e nove dias depois de serem roubadas por dois homens mascarados. A polícia norueguesa não disse como resgatou as obras.
Três homens foram condenados em maio a até oito anos de prisão por participarem do assalto. Três outros foram absolvidos. A polícia não fez novas prisões durante a recuperação das obras.
O museu disse na terça-feira não saber onde as obras passaram estes dois anos ou como foram danificadas.
Outra versão de "O Grito" foi roubada em 1994 da Galeria Nacional de Oslo por ladrões que usaram uma escada e quebraram uma janela. A pintura foi recuperada meses depois por policiais que se fizeram passar por compradores.
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