O roteiro de artes plásticas curitibano ganha duas novas exposições nesta terça-feira (30): o modernismo de Cícero Dias e as gravuras de Fernando Calderari. A mostra "Cícero Dias –Oito Décadas de Pintura" é considerada a maior e a mais abrangente que já se fez do artista pernambucano.

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Pioneiro

O pintor Cícero Dias (1907-2003) ganha uma mostra retrospectiva de sua carreira no Museu Oscar Niemeyer (MON). A exposição, composta de aproximadamente 200 obras selecionadas nas oito décadas de sua produção, revela toda a trajetória do pintor, que viveu em Paris de 1937 a 2003, quando morreu.

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Entre as obras exibidas está desde o primeiro quadro pintado pelo artista aos 14 anos, datado de 1921, até as últimas produções da década de 1990. A mostra reúne obras de colecionadores particulares e museus, no Brasil e no exterior. O público acompanha a carreira do artista com suas obras organizadas em módulos representativos de cada um dos períodos.

Parte das quadros retrata o período modernista, entre os anos 1920 e 1930, e passam pelas fases subseqüentes dos anos 1940, englobando o período em que Dias viveu em Lisboa, a série Vegetal e o início da desconstrução da forma que vai desaguar na abstração, a partir dos anos 1950. Envolvido com a arte abstrata, Cícero Dias produz nos anos 1960 uma pequena série de obras abstratas informais. Após esse curto período, o pintor voltou a concentrar a sua produção na figuração, que nunca mais abandonou.

Considerado um dos mais importantes artistas brasileiros do século 20, Cícero Dias foi o pioneiro do surrealismo e da abstração na América Latina. O pintor espanhol Pablo Picasso foi um dos seus grandes amigos.

A mostra foi organizada com o apoio do Comitê Cícero Dias, criado após a morte do artista, integrado pela viúva do pintor, a francesa Raymonde Dias, a filha Sylvia, o colecionador Jean Boghici, um grande conhecedor da obra de Cícero, e Waldir Simões de Assis Filho, curador e organizador da mostra.Gravura

O artista paranaense Fernando Calderari ganha uma mostra na Sala do Acervo do Museu da Gravura de Curitiba. A exposição "Fernando Calderari – Gravuras", conta com 20 obras do artista, destacando sua atuação como gravador. No total, serão exibidas 18 gravuras em metal, uma talha e uma escultura. Na oportunidade, também será lançado o catálogo homônimo de autoria da crítica de arte Nilza Procopiak. A obra registra a trajetória de Calderari na arte da gravura de um dos artistas mais atuantes do Paraná. A iniciativa integra o programa Acervo Exposições 2006, desenvolvido pela diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba.

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Confira o roteiro de exposições

Serviço: Cícero Dias – Oito Décadas de Pintura. Abertura para convidados nesta terça-feira (30) às 19 horas. Museu Oscar Nimeyer (Rua Marechal Hermes, 999) Tel.: 3350-4400. Visitas de terça a domingo das 10 às 18h. R$ 4,00 (adultos), R$ 2,00 (estudantes), livre (crianças até 12 anos, maiores de 60 e escolas públicas pré-agendadas). Até 3 de setembro.

Exposição e lançamento do catálogo "Fernando Calderari – Gravuras/Acervo Exposições 2006". Terça-feira (30) às 19 horas. Sala do Acervo do Museu da Gravura Cidade de Curitiba Centro Cultural Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533) Tel.: 3321-3367. Visitas de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h. Entrada franca.