Qual a importância do ballet clássico para outras danças?

• 0

O G Ideias deste sábado entrou no mundo da dança. Para pesquisadores da área, a experiência inicial no mundo das sapatilhas não precisa estar atrelada ao aprendizado do balé classico.

O pensamento contrariou muitos professores e bailarinos que acreditam sim que o balé é a base de tudo e discordam de outras afirmações feitas -- como a de que para se fazer ballet é preciso ter um corpo "predisposto" para a arte.

Já outros concordam com os novos teóricos e acreditam que muitas das novas manifestações de dança independem do plié,dégagé ou relevé.

Confira algumas opiniões (enviadas por e-mail) e também deixe seu comentário:

* Maria Luisa Labuhn - de Santiago,Chile. *

Nao há NENHUMA companhia contemporanea NO MUNDO em que os bailarinos nao sejam treinados em classico. 100% faz aula de BALLET todos os dias (inclusive Pina Bausch). Como recreacao, pode tudo. Para ser PROFISSIONAL , seja qual for o estilo, nao tem como se estabelecer sem um a formacao excelente de bALLET, no minimo DE 6 a 8 anos. Desafio alguem me dar um exemplo contrario!!!

* Dora P Soares * Cintia Napoli declara na Gazeta do Povo que a prática do ballet clássico deveria ser restrita a corpos perfeitos , com endehors natural. Nao sei qual o respaldo científico desta declaração.Ballet clássico é o mais perfeito exercício de condicionamento físico,ideal para corrigir a postura, problemas de pés para dentro ou caídos, problemas respiratórios, encurtamento muscular, etc, além de promover hábitos sociais benéficos, socializacao , autoestima, disciplina.

Tenho milhares de exemplos (não centenas,mas milhares)de criancas que se beneficiaram com a prática do ballet classico. E é bom que se note, para ser profissional em toda e qualquer companhia profissional a avaliacao será feita, em primeiro lugar, em uma aula de ballet clássico.E fica minha pergunta: qual o interesse desta matéria? E naturalmente, qual os benefício do moderno para criancas?

* Débora de Lara - Professora de dança da EDTG, da FAP e psicóloga. *

Fato que também marcou a história da dança em Curitiba, foi a criação em 1985 do Curso Superior de Dança da Universidade Católica do Paraná a partir da EDTG, a Escola de Dança do Teatro Guaíra. Por meio de convênio entre as duas instituições, os professores da Escola integraram o corpo docente do curso superior sob a coordenação da professora Carla Reinecke, sua idealizadora. Tive o prazer de coordenar este curso e, em 1994, a sua transferência e implantação na Faculdade de Artes do Paraná.

O balé clássico permanece presente no interesse das crianças e jovens porque vem dialogando com o mundo contemporâneo. É com esta preocupação que a EDTG vem constantemente atualizando o ensino da dança, onde uma criança de seis anos investiga e amplia o conhecimento do seu corpo e do espaço, experimenta fluxo, peso e tempo de maneira lúdica. É um preparo para o aprendizado de diversas modalidades ou gêneros de dança e também para o conhecimento da matemática, da ciência, da física... Não se busca apenas uma formação específica, mas a formação do indivíduo. Nesta fase de seu desenvolvimento a criança está aberta ao conhecimento e à experimentação e o que for construído será determinante para o futuro. Na escola, a vida intelectual é fomentada, as relações sociais se fortalecem e a afetividade se expressa, expandindo as possibilidades de cada indivíduo. Esta experimentação não precisa, necessariamente, ocorrer em curso s formais, mas não pode ser descartada.

Importante ressaltar o empenho em garantir espaço físico adequado e contratação de professores e pianistas para que a EDTG possa ampliar o atendimento a mais e mais meninos e meninas de todas as classes sociais.