Desde criança, o diretor teatral Renato Andrade coleciona um repertório de canções populares. Ele achava, no entanto, que seu conhecimento não passava de "cultura inútil" e, por isso, o escondia até mesmo dos amigos. Foi por isso que o espetáculo Retratos & Canções levou oito anos para ficar pronto. Após uma temporada de um ano e meio em São Paulo e uma passagem pelo Fringe, do Festival de Teatro de Curitiba, em março, a companhia paulistana Retratos retorna à cidade para apresentações até domingo. "Precisava entender porque não conseguia esquecer aquelas músicas, por mais que tentasse", brinca o diretor. A comédia serviu para que Andrade exorcizasse a questão e entendesse que era preciso aproximar o teatro, normalmente intelectualizado demais, e a cultura de massa.
Os personagens têm falas que serão identificadas facilmente pelos espectadores, pois foram extraídas ipsis literis de hits musicais dos anos 70, 80 e 90. Desta grande colagem musical, que promete produzir gargalhadas do início ao fim, surge uma história de amor bem popular, vivida por personagens com nomes de canções como Carol, Arlindo Orlando, Marvin, Diana e Tadeu.
Para dar conta da vasta pesquisa musical, Andrade contou com a colaboração do DJ paulistano Thi. Ele buscou inspiração em músicas de novelas, como "Tele-tema", de Ataulfo Gaspar Itibério Martins (tema da personagem de Regina Duarte em Véu de Noiva); "O Amor e o Poder", de Rosana; "À Francesa", de Marina Lima; e, "Baby, Can I Hold You", de Tracy Chapman.
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