"Quase virgem" (veja trailer) é uma comédia chula, obcecada por sexo e erguida em torno de imagens de cópulas entre animais de espécies distintas e gafes esportivas dolorosas.
Basicamente, este filme totalmente não convincente é uma perda de tempo longa e sem sentido.
O insosso Brendan Fehr é Ed Waxman, um publicitário em ascensão que não consegue superar o rompimento com sua ex-namorada (Nicole McKay).
Depois de flagrá-la filmando uma transa com um dos amigos dele, Ed abandonou sua paixão pela câmera de vídeo, com a qual acumulara um arquivo imenso de imagens esdrúxulas, grosseiras e constrangedoras.
Mesmo assim, quando passa por momentos de estresse, ele ainda se recorda vividamente das cenas que capturou em vídeo.
Depois de passar um ano chorando a perda da ex e vivendo como celibatário, a amargura de Ed acaba se transmitindo para seu trabalho na agência de publicidade.
Prestes a ser demitido, ele promete criar uma campanha capaz de salvar a maior conta da agência. Mas o fim de semana em que ele tem sua idéia salvadora por acaso é o mesmo de seu aniversário, e seu irmão mulherengo Cooper (Chris Klein) está decidido a encontrar uma mulher com quem Ed possa quebrar seu jejum sexual.
É o sinal para o início de uma via-sacra pouco inspirada por uma sequência de piadinhas e momentos desastrosos em lugares como um clube de strip-tease e o enterro de uma supermodelo. Os únicos vislumbres de sátira presentes no filme estão em duas cenas que acontecem na agência de publicidade.
As contribuições técnicas são sólidas, e o diretor Pat Holden e o roteirista Tad Safran evidenciam alguma inteligência no uso que fazem de videoclipes para ilustrar a situação lamentável em que o protagonista se encontra.
Mas Brendan Fehr está mais interessante nos créditos finais, durante os quais são exibidas cenas cortadas do filme, do que no filme propriamente dito. A única diversão que existe em "Quase virgem" é proporcionada por Chris Klein no papel de libertino arrogante.
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