Programe-se
Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú
Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico), (41) 3350-4400. Inauguração amanhã, às 19 horas. Entrada franca. Visitação de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas. R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada). Até 1º de dezembro.
A partir de amanhã, o Museu Oscar Niemeyer recebe a mostra Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú, que integra o acervo de arte do banco. Ao todo, são 14 obras, realizadas desde a década de 1970 até produções contemporâneas. O MON terá horário estendido até às 20 horas na quinta-feira, e a entrada é franca para todas as mostras a partir das 18 horas.
Segundo o curador Roberto Moreira Cruz, doutor em Comunicação e Semiótica, o espectador da exposição poderá perceber as diferenças tanto na tecnologia dos vídeos (em Super-8 e VHS, nos anos 1970 e 1980, respectivamente), como na temática. "Nas décadas passadas, a abordagem era mais política. A partir dos anos 1990, o predomínio é de uma linguagem experimental", salienta.
Entre os artistas selecionados estão Nelson Leirner, Letícia Parente, Regina Silveira e Anna Bella Geiger, que se destacam como pioneiros no uso do vídeo como suporte artístico. Entre as novas gerações, o curador escolheu nomes inseridos no mercado de audiovisual, como Cao Guimarães, Luiz Roque e Sara Ramo. "A exposição é muito atraente e comunicativa, tem um apelo forte pela percepção do olhar", destaca Cruz.
Acervo
A coleção Itaú de filmes e vídeos de artistas começou a ser formada em 2011 em um seminário realizado pela instituição sobre metodologias de conservação e difusão de obras de arte audiovisuais. A iniciativa permitiu que obras como Homenagem a Steinberg, de Nelson Leirner, pudessem ser restauradas. "Muitas coisas se perderam, e havia um gap histórico, pois o mercado de arte nunca absorveu isso", frisa o curador.
Incentivo
Itaú Cultural anuncia mudanças no Programa Rumos
Agência Estado
O Itaú Cultural anunciou na segunda-feira, as modificações na 16ª edição do Rumos, programa de mapeamento e fomento da produção artística brasileira. "A ideia agora é apostar no risco, nas particularidades de cada tema proposto", comentou Eduardo Saron, diretor do instituto.
Com isso, cada participante pode agora definir a forma de participação e desenvolvimento dos projetos. Dessa maneira, não será preciso se prender a apenas uma forma de arte cada projeto poderá ser inscrito em diferentes modalidades.
O processo de avaliação também será diferente antes, a comissão era formada por especialistas de cada área. Agora, o grupo é interdisciplinar, ou seja, os gestores do instituto vão palpitar sobre todos projetos, mesmo que não sejam de sua área de especialidade.
O primeiro resultado positivo é evitar que determinadas áreas fiquem de fora em algumas edições do Rumos. "Antes, tínhamos de esperar dois ou três anos para abrir espaço para um projeto de dança ou música, por exemplo, e sentíamos dificuldade de apoiar propostas que mesclassem plataformas", observa Saron.
Como nos anos anteriores, as inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 14 de novembro, exclusivamente no site www.itaucultural.org.br/rumos. Não haverá limitação para número máximo de projetos e cada um poderá receber até R$ 400 mil.
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