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"Carnaval", de Wellignton Virgolino | Fotos: divulgação
"Carnaval", de Wellignton Virgolino| Foto: Fotos: divulgação

Nacional

Conheça o projeto Galeria Caixa Brasil:

Onde

A exposição começou na sexta-feira (5), simultaneamente, nas 27 capitais brasileiras. Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo têm unidades da Caixa Cultural, que receberam as obras. Nas outras cidades, o banco fechou parcerias com galerias de arte e museus.

Quem

O acervo da Caixa contabiliza 2 mil obras. Dessas, foram selecionadas 600 que apresentavam condições imediatas de exposição. Entre elas, criações de Di Cavalcanti, Aldemir Martins, Djanira, Portinari, Glauco Rodrigues, Antonio Poteiro, Abelardo Zaluar, Tomie Ohtake, Francisco Rebolo, Cícero Dias, Antonio Bandeira, Newton Cavalcanti, Yara Tupinambá, Renina Katz e Rui Faquini.

Curitiba

A partilha de quais obras iriam para cada cidade foi feita levando em conta as dimensões do espaço de exposição, condições de climatização e segurança. Coube a Curitiba 26 peças, entre elas, criações de Arthur Nísio, Orlando Silva, Lange de Morretes, Yara Tupinambá, Athos Bulcão, Artur Barrio, Helena Wong e Djanira.

Mais votadas

O visitante vai escolher suas três obras preferidas. As mais votadas serão reunidas em outras cinco exposições, que serão inauguradas em janeiro, em Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

A Caixa Cultural espalhou seu acervo de artes visuais por todas as 27 capitais brasileiras, como forma de comemorar os 150 anos da instituição financeira que a mantém. Ao todo, são 600 obras, escolhidas entre as 2 mil adquiridas desde a década de 60, e que contemplam a produção de quatro gerações de artistas brasileiros, nas mais variadas técnicas e temáticas.

Di Cavalcanti, Portinari, Tomie Ohtake e Cícero Dias fazem parte desse acervo, dividido país afora na esposição Galeria Caixa Brasil, que acontece simultaneamente em todos os estados. A distribuição, contudo, foi feita sem critério artístico. Dependeu, antes, das características físicas de cada espaço expositivo, como as dimensões, a climatização e as condições de segurança.

Desse modo, a capital paranaense recebe, desde a última sexta-feira, 26 obras criadas por artistas locais e demais estados brasileiros, criadas em óleo sobre tela, fotografia, nanquim e aquarela, xilogravura, litografia e outros suportes.

Não há, nesse conjunto, qualquer linha de pensamento curatorial. Tanto que as obras foram dispostas na Galeria da Caixa por ordem alfabética dos nomes dos autores. "Não houve a intenção de segmentar, para que cada espaço tivesse uma visão abrangente das artes plásticas no Brasil nas últimas quatro décadas e dos artistas importantes desse período", diz Isabel Cristina Nas­­ci­­mento, gerente da Caixa Cultural Curitiba.

Votação

O mais inusitado do projeto é que, em cada cidade, os visitantes são convidados a votar nas suas três obras preferidas. A eleição juntará as 81 mais populares no país inteiro para compor cinco novas exposições, que serão inauguradas em janeiro do ano que vem, quando de fato o banco faz aniversário. Dessa vez, apenas as cinco capitais que sediam uma Galeria da Caixa receberão as mostras.

Curitiba está entre elas, assim como Salvador, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Para levar a mostra às demais 22 capitais, onde não mantém espaços culturais, a instituição teve de fechar acordos com museus ou galerias parceiras.

Na Galeria da Caixa de Curi­­tiba, a arte paranaense se faz representar por uma pintura de Arthur Nísio, intitulada "Ser­­raria", e outra de Frederico Lange, o Lange de Morretes, esta sem título. Ambos são nomes importantes da pintura do estado na primeira metade do século 20. Da chinesa Helena Wong, cuja carreira se desenvolveu na capital paranaense, a exposição exibe a tela "Macunaíma". Além dessas, o público verá "A Pomba e a Ci­­dade", obra do gravurista Orlando Silva, paranaense que vive no Rio de Janeiro. Já entre os artistas de fora que couberam às paredes do espaço curitibano, estão a mineira Yara Tupinambá, com "Mastro de São João"; o arquiteto e pintor modernista Athos Bulcão, do Rio de Janeiro, com uma tela de formas geométricas coloridas, sem título; o português também radicado em terras cariocas Artur Barrio, autor de "Figura"; e a pintora e desenhista paulista Djanira.

Coleções

Djanira, aliás, foi a primeira artista contratada pela Caixa em 1967, época em que se encomendava de ilustradores desenhos para estampar os bilhetes da Loteria Federal em datas comemorativas como Natal, Carnaval e Independência. Di Cavalcanti, Glauco Rodrigues e Carlos Scliar estavam entre os outros 36 artistas que começavam a compor o acervo da Caixa na­­quele momento.

Depois dessa primeira leva de ilustrações, a instituição adquiriu sua segunda coleção ao incorporar o patrimônio do extinto Banco Nacional de Habitação (BNH), em 1986. Vieram 246 obras, entre as quais, criações dos modernistas Anital Mafalti, Tarsila do Amaral e Alfredo Volpi.

Um ano mais tarde, enquanto Brasília se tornava Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, formou-se a terceira coleção, com 60 peças de artistas como Eduardo Zimmermann e Athos Bulcão, entre outros. A coleção mais recente data dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, em 1998, quando criações de João Câmara, Roberto Aguilar e Daniel Senise foram incorporadas ao acervo.

Serviço:

Exposição Galeria Caixa Brasil. Galeria da Caixa (R. Conselheiro Laurindo, 280, (41) 2118-5114. Terça-feira a sábado, das 10 às 21 horas; e domingo, das 10 às 19 horas. Até 28 de novembro. Entrada franca.

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