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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Assim como na edição do ano passado, que trouxe à Pedreira Paulo Leminski as bandas Nação Zumbi, o californiano DJ Shadow, a veterana Patti Smith e os nova-iorquinos Yeah Yeah Yeahs e Beastie Boys, a escalação do Tim Festival curitibano deste ano deve atrair um público bastante eclético e de idades variadas. Isso graças à diversidade sonora que irá marcar cada um dos quatro shows selecionados para garantir a diversão do público sulista – o preço atraente dos ingressos da edição curitibana do festival está chamando atenção de fãs dos outros estados, que também devem marcar presença na cidade na quarta-feira.

Para os mais desavisados é bom ressaltar: a festa terá início exatamente às 19 horas da quarta-feira, dia 31, e os portões da Pedreira estarão abertos a partir das 15 horas. Pontualidade é um quesito importante que, caso não obedecido, pode levar muitos a perderem a imperdível performance do quinteto londrino Hot Chip, primeira atração a subir ao palco da Pedreira, após passagens por Rio de Janeiro (26) e São Paulo (hoje à noite).

Hot Chip

Conhecidos dos mais antenados graças aos hits dançantes "Over and Over" e "And I Was a Boy from School", presentes no segundo álbum da banda, The Warning, que acaba de ser lançado no Brasil pela EMI, o Hot Chip é um dos filhotes mais promissores da cena britânica de electro-pop. Formada há sete anos pelos amigos Alexis Taylor (vocal, guitarra, teclado e percussão) e Joe Goddard (vocal, sintetizador e percussão), o quinteto conquistou espaço no mainstream ao assinar contrato com a EMI inglesa e a norte-americana DFA Records no ano passado, quando emplacaram os dois singles citados acima na parada UK Top 40.

Os que apenas ouviram os dois únicos discos do grupo terão uma grata surpresa ao vê-los em ação no palco. Além de músicas inéditas de Made in the Dark (terceiro disco da banda, que deve ser lançado no início do ano que vem), os ingleses costumam surpreender as platéias com uma performance vigorosa, bem próxima do rock e um tanto quanto distante das experimentações eletrônicas arrastadas que marcam as canções menos pop de ambos os registros lançados pela banda até então. Para não chegar ao show de mãos vazias, boas fontes de informação são a página da banda no site MySpace (www. myspace.com/hotchip) e a os vídeos disponíveis no site YouTube, em especial as performances do grupo no programa britânico Later with Jools Holland.

Björk

Para muitos, a escalação da cantora islandesa Björk, 41 anos, como segunda atração da noite é uma escolha um tanto estranha, visto a importância e grandiosidade de sua trajetória na música pop mundial – digna do show de encerramento. No entanto, em termos musicais, tal escalação faz muito sentido.

Björk vem ao Brasil pela terceira vez, agora para apresentar a turnê de seu sexto álbum-solo, Volta, em que explora as sonoridades de instrumentos pouco conhecidos, de lugares remotos do globo terrestre, os quais a artista se dedica a visitar a bordo de seu barco. No entanto, além das dançantes faixas de Volta, a musa escandinava reúne seus maiores hits no repertório, como "Army of Me", "Hyperballad" e "Bacharolette", além de canções mais lentas como "All Is Full of Love" e "Hunter".

Com figurinos impecáveis e uma estrutura hi-tech de cair o queixo – nos telões, imagens de programações eletrônicas feitas a partir de um monitor touch screen, sem falar no grupo de dez mulheres vestidas em batas coloridas, cada uma empunhando um instrumento de sopro diferente – o show tem tudo para agradar ao fiel séquito de fãs da islandesa, sem dúvida os mais velhos a comparecerem no festival.

Arctic Monkeys

O terceiro show da noite fica por conta do quarteto inglês Arctic Monkeys, cujos integrantes – Alex Turner (vocal e guitarra), Jamie Cook (guitarra), Nick O’Malley (baixo) e Matt Helders (bateria) – não passam dos 21 anos de idade. Mas aqui a quantidade de anos acumulados desde a data de nascimento simplesmente passa despercebida diante da competência dos rapazes de Sheffield (Inglaterra) em cima do palco e diante de grandes multidões.

Hits dos dois álbuns que compõem a discografia da banda como "I Bet You Look Good on the Dance Floor", "When the Sun Goes Down", "Fake Tales of San Francisco", "Mardy Bum", "Fluorescent Adolescent", "Do Me a Favour", entre outros, ganham ainda mais energia ao vivo, com destaque para os ótimos vocais de Alex Turner e a ausência de qualquer atitude arrogante por parte dos jovens integrantes da banda. Diversão garantida pela simplicidade do bom e velho rock-n-roll (em rotação um pouco mais acelerada, no entanto).

The Killers

Em entrevista ao Caderno G, no mês de julho, o vocalista do quarteto norte-americano The Killers revelou ter planos de ser o novo Freddie Mercury. De fato, há momentos no show do grupo em que a figura de Brandon Flowers remete ao finado frontman do Queen – além do bigode, Flowers passa pelo menos duas músicas da apresentação sentado ao piano.

Comparações à parte, o Killers fecha a edição curitibana do Tim Festival, às 23h45, com um show empolgante, visualmente bem cuidado e repleto de canções de refrões ganchudos, que devem ser ouvidos nas bocas de nove a cada dez pessoas que estiverem deixando a Pedreira após a apresentação. Duvida? Experimente ouvir as chicletes "Somebody Told Me" e "Smile Like You Mean It" (do début Hot Fuss, de 2004) ou as novas "Read My Mind", "When You Were Young" e "For Reasons Unknown", de Sam’s Town, mais recente disco da banda.

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