A ideia deste texto é usar a palavra “nostalgia” uma vez só. Bom, duas vezes já que a primeira foi gasta agora. É uma tarefa hercúlea diante deste show do Queen com Alam Lambert, 30 anos depois das históricas apresentações da banda no Rock in Rio de 1985.

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É inevitável lembrar de Freddie Mercury, vocalista da banda morto em 1991, seis anos depois daquela passagem pelo Rio de Janeiro. O Queen perdeu a alma da banda, mesmo que Brian May, guitarrista, e Roger Taylor, baterista, sejam firmes na ideia de manter a Rainha viva.

Adam Lambert canta com o Queen na primeira noite do festival. 
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O grande ponto de polêmica desta sobrevida é, mesmo, a escolha de Adam Lambert, como o novo vocalista da banda. Os dois remanescente deixam claro que o Queen permanece intacto, sem Mercury e John Deacon, baixista que não quis participar deste “revival”. Acrescentam um sinal de mais (+) na turnê. Queen + Adam Lambert. Não é suficiente para extinguir as comparações. E nunca será.

O grande mérito do jovem Lambert, guri descoberto em um reality show musical que fez covers de Queen durante sua passagem na TV, é emular Mercury sem grande exagero. Faz um tipo de vocalista mais afetado, brinca mais nas notas altas e o faz com destreza. É um bom cantor, o garoto. Difícil, contudo, é agradar os fãs do Queen.

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Se questionássemos 85 mil pessoas que foram à Cidade do Rock nesta sexta-feira, 19, qual é a avaliação de Lambert, talvez a disputa fosse apertada entre aqueles que aprovaram e aqueles que estavam ali apenas por May e Taylor. Alguns críticos mais severos podem dizer que se trata de “uma banda cover de luxo”. Eles têm razão em partes. Em alguns momentos, Lambert parece ser integrante de algum musical com canções do Queen, como We Will Rock You, que esteve em cartaz em Londres.

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Em Bohemian Rhapsody, Lambert alterna os vocais da canção (mais clássica?) do Queen com o próprio Mercury, em vídeo. A diferença é brutal. E óbvia. Mas Lambert se fez de rogado e soltou sua voz.

A versão 2015 de Love of My Life é daquelas que vão ficar grudadas na cabeça. É icônica a imagem do coro de 250 mil pessoas cantando junto com Mercury em 1985. Talvez maior momento da história do Rock in Rio, em seus 30 anos de história. Na Cidade do Rock, a cena se repetiu. Sim, com Lambert. E arrepiou de novo. Enfim, nostálgico.

Adam Lambert se apresenta com o Queen durante o Rock in Rio , no Rio de Janeiro
Brian May durante show do Queen no Rock in Rio , no Rio de Janeiro
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