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“Quem já viveu um grande amor que me siga”

As atrizes de De Como Fiquei Bruta Flor estão entre o representar e o ser elas mesmas | Divulgação
As atrizes de De Como Fiquei Bruta Flor estão entre o representar e o ser elas mesmas (Foto: Divulgação)

De Como Fiquei Bruta Flor (confira o serviço) principia do fim. O instante seguinte ao rompimento de um amor que foi grande e íntimo, mas o "nós" se desuniu e apenas um apaixonado restou (o outro partiu). Este que fica, em sua tentativa de reconstruir a si mesmo, é o centro da montagem dirigida por Cibele Forjaz, da Cia. Livre.

A diretora, que em outras ocasiões participou da Mostra Contemporânea, desta vez vem ao Festival de Curitiba integrando a programação proposta por Chico Pelúcio para o Teatro Novelas Curitibanas, dentro do Fringe.

"Estou no centro do universo que é a minha história", diz uma das atrizes. São duas, Lucienne Guedes, da Cooperativa Paulista, e Mariana Senne, da Cia. São Jorge de Variedades. Elas adotam um registro espontâneo e conversam com o público para que ele se identifique com as etapas da superação do luto amoroso que representarão, criando metáforas visuais, declamando versos e desafogando sentimentos.

Por mais que a peça de câmara seja um encontro com artistas de outras companhias de São Paulo, como o Núcleo Bartolomeu da dramaturga Claudia Shapira, as marcas da direção de Cibele Forjaz estão fortemente impressas na cena.

Por um lado, no jogo teatral assumido pelas atrizes em constante movimento entre o atuar e o apresentarem-se a si mesmas, como se viu em Rainha[(s)] , na Mostra Contemporânea 2009. Por outro, nas estratégias de um teatro ritual, como fez em VemVai – O Caminho dos Mortos, apresentado no Filo 2008. Em ...Bruta Flor recebe-se um envelope. E o convite verbal a responder à encenação com as próprias lembranças e emoções. GGGG

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