Seleção
Livro funciona como uma espécie de roteiro para cinéfilos iniciantes
Pensado, principalmente, para os iniciantes na arte do cinema, o crítico Marden Machado, de Curitiba, lançou, em dezembro, o livro Cinemarden: Um Guia (Possível) de Filmes. A obra traz a indicação de 208 títulos, de várias épocas e gêneros, indispensáveis para quem quer entender mais sobre o mundo dos filmes.
O número de obras selecionadas foi determinado com rigor: a quantia é suficiente para que, a partir do primeiro dia de 2015, o leitor consiga se programar e assistir a quatro filmes por semana.
"Um [filme] por dia é difícil para muita gente, mas quatro por semana é uma medida plenamente passível de ser cumprida", explica Marden.
De acordo com o autor, não foram estabelecidos critérios para selecionar os títulos contemplados no livro, os quais foram escolhidos por, simplesmente, serem considerados bons.
"Você pode até não gostar da indicação, mas o filme é bom, tem um aspecto narrativo ou técnico superior aos demais e por isso está ali", comenta. "Está é uma seleção de filmes legais para a pessoa assistir, filmes que podem fazer com que ela goste ainda mais de cinema", diz.
Cinemarden: Um Guia (Possível) de Filmes
Marden Machado. Arte e Letra, 240 páginas, R$ 29,90.
Cinema
Veja informações deste e de outros filmes no Guia da Gazeta do Povo.
Sol, praia e viagem à parte, o primeiro fim de semana do ano carrega sempre a marca da ociosidade. Para quem decidiu ou precisou ficar em casa, longe dos círculos frenéticos das comemorações, a situação pode ser ainda mais enfadonha se tudo o que restar for o sofá e a tevê.
Porém, a inércia desta época a não ser que estimulada por vontade própria pode não passar de desculpa, passível de combate com práticas simples, como recorrer à estante e ler ou reler aquela obra estimada. Mas, se a intenção é realmente sair de casa, o cinema é um recurso certeiro.
Somente em Curitiba, são 23 filmes em cartaz neste fim de semana, para todos os gostos e estilos: épico, animação, comédia, aventura, drama, suspense. E para ajudar na escolha, a Gazeta do Povo conversou com Marden Machado, um dos cinéfilos e críticos de cinema mais evidentes de Curitiba.
Autor de um guia de filmes recém-saído do forno, Marden criou uma lista tríplice dos filmes em cartaz que valem a pena e explicou por que eles são bons.
Para arrematar, ele comentou também sobre as "bombas" em cartaz que podem (e devem) ser deixadas de lado.
Mil Vezes Boa Noite
"Um filme impactante e que aborda o dilema de uma mulher [Juliette Binoche] dividida entre o trabalho como repórter fotográfica em regiões de conflito e a vida em família", diz Machado.
"A maneira como o diretor norueguês Erik Poppe trata da questão é das mais delicadas, precisas e originais já vistas em um filme. E fica melhor ainda por conta do talento de Binoche."
O Abutre
"Trabalho de estreia na direção do roteirista Dan Gilroy, um filme intenso e que tem como premissa um tema bem atual: a mídia sensacionalista. Mas esta é apenas uma das facetas que o filme apresenta", explica o crítico. "Ele também pode ser visto como um contraponto ao sonho americano do homem que se faz sozinho. No caso, Louis Bloom, personagem vivido com intensidade por Jake Gyllenhaal."
Relatos Selvagens
"O representante argentino na disputa pela indicação ao Oscar de filme estrangeiro conquistou o público através da melhor das propagandas: o boca a boca", diz. "São seis histórias independentes que possuem como elo a violência e a selvageria do homem. Já na abertura, o diretor estreante Damián Szifron nos mostra animais ditos selvagens em momentos de muita paz. Um belo contraponto aos humanos."
Três dispensáveis
Ao escolher o que ver, o crítico Marden Machado aponta para três filmes em cartaz que devem ser evitados. "Quero Matar Meu Chefe conseguiu extrair algum humor de situações já bem conhecidas das relações entre patrões e empregados, mas a continuação perde completamente o rumo e não consegue ser engraçada, nem quando recicla piadas no filme anterior e nem quando tenta criar alguma novidade", diz.
"Ouija O Jogo dos Espíritos tem um roteiro fraco, elenco ruim e poucos sustos em uma trama que possui elementos e situações que já foram melhor explorados em outros filmes. Ele decepciona até os fãs mais radicais do gênero."
Lugar comum
Para arrematar, ele fala de Debi & Lóide 2. "Vinte anos depois do primeiro filme, que era bem divertido em suas incorreções políticas, a continuação tem sua melhor piada já nos primeiros minutos e depois cai no lugar comum, de onde não consegue mais sair", diz Machado.
"Mesmo para quem gostou do original, o filme não consegue nem estabelecer uma ligação, digamos assim, nostálgica."
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