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Confira o servico completo de Quidam no Guia Gazeta do Povo
Turnês
O Cirque du Soleil realiza sua terceira turnê brasileira. Saiba mais sobre os espetáculos
Saltimbancos (1992)
Em 2006, foi visto por mais de 250 mil pessoas em 140 apresentações feitas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Arrecadou cerca de R$ 60 milhões na bilheteria.
Alegria (1994)
Em 2007, começou sua turnê brasileira por Curitiba, no mês de setembro. A trupe passou por Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, onde fizeram o encerramento em maio de 2008.
Quidam (1996)
Desde junho deste ano, a montagem já passou por Fortaleza, Olinda e Recife, Salvador, Brasília e Belo Horizonte. Chega à região metropolitana de Curitiba nesta sexta-feira (27). A temporada segue por São Paulo, Rio de Janeiro e se encerra em maio de 2011, em Porto Alegre. Espera-se reunir um público superior a 800 mil pessoas, em 330 apresentações.
Revelada por um foco de luz que atravessa a escuridão, uma garotinha puxa a corda que ilumina o abajur. Encontra um homem trajado de camisa e suspensório, imóvel em sua cadeira, a poucos passos da esposa, igualmente paralisada em seu vestido vermelho-sangue. Nenhum dos dois percebe a presença dela. A menina, ignorada, abre a porta dos fundos da casa e deixa entrar um homem de sobretudo e guarda-chuva, a quem falta o impensável: a cabeça. Um mundo imaginário, mergulhado na fantasia, se sobrepõe à realidade cinza dos seres do século 21, anestesiados para o que não diz respeito à sobrevivência e a bens materiais. Essa é a premissa de Quidam, o espetáculo com o qual o canadense Cirque du Soleil volta pela segunda vez à região metropolitana de Curitiba, a partir de sexta-feira (27), para uma temporada de apresentações sob a lona armada no Centro de Convenções Expotrade, em Pinhais.
Quidam nasceu de uma constatação do diretor Franco Dragone a mente criativa responsável por dez produções da trupe entre 1985 e 1998, entre elas Saltimbanco (1992), que só chegaria ao Brasil em 2006, em uma turnê restrita ao Rio de Janeiro e São Paulo; e Alegría (1994), com o qual o Cirque faria sua primeira aparição diante do público curitibano, em setembro de 2007.
Dragone, um italiano que cresceu na Bélgica, transitava pelas ruas de Nova York quando se deu conta dos rostos de passantes que sua retina captava, mas nunca veria novamente. Pensou nas relações humanas, submetidas, neste século, às ambições materiais. E criou a personagem que reage à desatenção dos pais e inventa amigos imaginários, sempre com algo de sombrio, como o vazio acima do colarinho do homem sem cabeça.
A menina conduz todos os quadros do espetáculo, caracterizado pela teatralidade e por grandes números de impacto, que entrou no repertório do Cirque du Soleil em 1996. Desde a estreia no Canadá, Quidam foi visto por mais de 9 milhões de espectadores em 20 países. No Brasil, passou por Fortaleza, Olinda e Recife, Salvador, Brasília e Belo Horizonte, em uma temporada que começou em junho deste ano e segue até maio do próximo, visitando nove capitais em 330 apresentações para um público que, pelas estimativas da produtora Time For Fun, pode ultrapassar 800 mil pessoas.
A demora de 13 anos para que Quidam cruzasse as Américas e erguesse sua tenda nas cidades brasileiras foi justificada pelo diretor artístico Robert Mackenzie, na coletiva de imprensa realizada em São Paulo no primeiro semestre deste ano para anunciar a turnê, pelo simples fato de que "o mundo é muito grande".
Esta é a terceira vez que o Cirque du Soleil vem ao país trazendo espetáculos da década de 90. "Vocês estão assistindo aos shows na ordem cronológica", comentou Mackenzie. O próximo deve ser Varekai, criado em 2002. Está nos planos da produtora Time for Fun para chegar ao Brasil em 2011, selando a bem-sucedida aproximação entre o circo canadense e o público brasileiro.
Atos
Antes do grande número final, Quidam fará da arena montada no estacionamento do Expotrade o cenário de quadros como o "Hand Balancing", no qual a artista canadense Érika Lemay se equilibra sobre varas transferindo o peso do corpo para os braços, enquanto as pernas suspensas desenham movimentos coreografados, que testam sua flexibilidade.
Em um quadro de inspiração alemã, "German Wheel", o russo Andrei Roublev se estica dentro de uma roda, em que o diâmetro é seu corpo, e rodopia com ela pelo picadeiro. Os dois desafiam a gravidade no primeiro ato, preparando a plateia para um desfecho ainda mais impactante.
"O ato final é impressionante. Não há cordas, não tem truques, é totalmente humano. São 15 artistas fazendo performances por dez minutos", prometeu Mackenzie.
Os 50 integrantes da trupe que entram em cena durante Quidam se dedicam a performances acrobáticas, que exigem domínio técnico. Os figurinos se inspiram na vida cotidiana e na personalidade dos artistas, e a trilha sonora, executada ao vivo, busca notas intensas e sensíveis, do violino à guitarra, da voz masculina poderosa ao canto infantil da protagonista sonhadora, que troca a raiva contra a indiferença pela magia.
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