Fora do ar deste agosto, Carlos "Ratinho" Massa volta à programação do SBT na segunda-feira (1º), às 18h. Isso se Silvio Santos não mudar de idéia antes. No novo programa, com título provisório de "Jornal do Massa" (abandonando pela primeira vez sua famosa alcunha), o apresentador, de 50 anos, promoverá um retorno às origens, comentando notícias, em sua maioria policialescas e/ou desfavoráveis à população, no grito, com tom de indignação. Com direito a batidas de cassetete na mesa, claro, sua marca. Em 1994, Ratinho comandava o "Cadeia", na CNT, nos mesmos moldes.
O curioso é que, em agosto, quando o "Programa do Ratinho" foi extinto, o SBT divulgou, em comunicado, que ele voltaria ao ar somente em março de 2007 e "em conceito novo e de alta qualidade". Pelas informações acima, prevê-se que não será assim... Falando em previsões, o "Jornal do Massa" deve voltar a fazer parte do Ranking da Baixaria na TV, "Quem financia a baixaria é contra a cidadania", promovido pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pedra-no-sapato do "Programa do Ratinho" que o acabou inviabilizando comercialmente pela falta de anunciantes e queda brutal de audiência.
Em 2006, antes de sair do ar em definitivo, a atração mudou de horário e de periodicidade diversas vezes, numa tentativa frustrada de recuperar o Ibope perdido. Quando estreou no SBT, em 1998, o "Programa do Ratinho" fez barulho, dando trabalho até para a TV Globo. Depois da CNT, ele deu expediente na Record.
O apresentador mineiro, que custa a bagatela de R$ 1,5 milhão por mês ao SBT, gravou o programa-piloto da "nova" atração nesta quarta-feira (27), informou a coluna "Retratos da vida", do jornal Extra. O cenário do "Jornal do Massa" é simples, com apenas um computador em cima de uma bancada, bem parecido com os dos jornalísticos tradicionais. A diferença fica por conta do fundo bem colorido.
A estréia sem qualquer divulgação faz parte de nova estratégia do SBT, para tentar barrar reações da concorrência. Nem assessoria de imprensa - que repassa informações a jornalistas que cobrem o noticiário televisivo - a emissora não tem mais. A "iniciativa" tem se revelado um verdadeiro fracasso de audiência, vide a estréia dos programas "Minha vida é uma novela" e a reprise da novela "As pupilas do senhor reitor", que só tiveram quatro capítulos exibidos por conta dos baixos índices no Ibope, numa verdadeira demonstração de desrespeito ao telespectador. O novo "Charme", comandado por Celso Portiolli no lugar de Adriane Galisteu, perdeu receita comercial com a troca. A inconstância da programação já virou marca do SBT. Pelo visto, a máxima que diz que "TV é hábito" não pega por lá. Enquanto isso, a concorrente Record vibra e já assume a vice-liderança de audiência - que o SBT se vangloriava de ter "desde pequeninho" - em várias faixas horárias. A TV Globo segue como líder isolada.
Com a estréia do "Jornal do Massa", uma reexibição do seriado mexicano "Chaves" é cancelada. A programação deve ficar assim: 16h - "Casos de família"; 17h - "Charme", com Celso Portiolli; 18h - "Chaves"; 18h30 - "Jornal do Massa"; 19h30 - "SBT Brasil" (que muda mais uma vez de horário e agora só com Carlos Nascimento. Juliana Alvim, famosa pela gafe de não saber qual novo programa anunciar em seguida ao telejornal, volta à reportagem em Brasília); 20h15 - novela "A feia mais bela"; seguida pela faixa "Ataque de risos", com seriados enlatados, às 21h15. "Ver para crer" termina a faixa nobre de segunda a sexta. Às 22h, tem "Hebe", filmes, "Topa ou não topa" e "A praça é nossa", intercalando na programação. A novela mexicana "Rebelde", febre entre os adolescentes, e exibida atualmente às 20h30, acaba mesmo neste sábado, dia 30.
Mas tudo pode mudar, de novo, nesta virada de ano. Coisas de SBT...
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