Uma mulher que evapora, um menino que se liquifaz nos calores do primeiro amor, outro que chora grãos de terra e um artista de circo que cospe abelhas. Personagens fantásticos coabitam no universo criado pelo filme “Família Dionti”, que inaugurou a mostra competitiva de longas-metragens no Festival de Brasília e recebeu muitos aplausos ao final da projeção.
Dirigido pelo carioca Alan Minas, o filme é ambientado em Cataguazes (MG), uma espécie de “paraíso perdido” recriado pela produção. O próprio nome do filme é uma corruptela da expressão “de ontem” com a prosódia do caboclo mineiro.
O mundo onírico e mágico criado por Minas remete a um Brasil rural visto pelo olhar da infância. Ele conta a história de dois irmãos Kelton, de 13 anos, e Serino, 15, que vivem em um sítio no interior de Minas Gerais com o pai. A mãe não mora mais com eles, pois se apaixonou por outro homem, e então evaporou e desapareceu.
O mais novo se apaixona por uma garota do circo, e “derrete” literalmente de amor. “Queria mostra a visão do mundo a partir do olhar da primeira infância, onde vivem a criança, o louco e o poeta”, explica o diretor. O filme, com efeitos especiais simpáticos e essenciais à trama, foi finalizado na Inglaterra com dinheiro obtido no edital do Latin America Fund, do Tribeca Film Institute de Nova Iorque.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink