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Suíços Brasileiros Uma História Esquecida
Guairinha (R. XV de Novembro, 971), (41) 3304-7961. Hoje, às 20 horas. R$ 15 e R$ 7,50 (meia-entrada). Assinantes da Gazeta do Povo e portadores do cartão Teatro Guaíra têm 20% de desconto no valor do ingresso. Classificação indicativa: 12 anos.
Filme
Veja o site do filme Suíços Brasileiros Uma História Esquecida
O cineasta Calixto Hakim começou a rodar, em 2009, uma história de que quase ninguém lembra, e que muitos nem sequer sabem que existiu: há pouco mais de 160 anos, cerca de 100 famílias da Suíça tiveram de deixar a sua terra, devido à grave crise econômica que atingiu o país. Rumaram para o Brasil, mais especificamente, para a Colônia Dona Francisca, hoje Joinville, em Santa Catarina. Apesar disso, a região sempre foi conhecida pela chegada dos alemães, e o papel dos suíços ficou esquecido. Foi essa história que o cineasta quis retomar em Suíços Brasileiros Uma História Esquecida, que faz a sua estreia hoje, no Guairinha.
Coprodução entre Suíça e Brasil, o docudrama de pouco mais de 50 minutos mistura ficção e documentário, já que Hakim decidiu recriar a história de uma típica família que deixou a comuna de Schaffhausen, em 1850, abalados pela falta de perspectivas. A partir deste drama, o cineasta inseriu depoimentos de historiadores, descendentes, imigrantes e políticos sobre o fato, tanto do Brasil quanto da Suíça. "Tenho uma bagagem de ficção, e não queria fazer apenas um documentário", explica.
Intrigado com o fato de Joinville ter uma praça em homenagem aos suíços, o cineasta acabou se deparando, por indicação do codiretor Rodrigo Henrique, com o livro Suíços em Joinville O Duplo Desterro, de autoria do pesquisador Dilney Cunha, e resolveu trazer a história para o cinema. "Quis mostrar que um país como a Suíça, que é um exemplo, já teve pessoas morrendo de fome", diz.
O fato de os habitantes de Schaffhausen não terem vontade de que essa faceta fosse esquecida também facilitou a produção do filme, que teve parte financiada pelo governo suíço. "É um dos países com mais imigrantes per capta. Eles têm interesse em que os habitantes saibam que outros países os acolheram bem, para que os moradores saibam tratar quem vem de fora", salienta Hakim. O filme, inclusive, estreou antes na comuna, em março deste ano, e o financiamento estrangeiro mais a primeira parte encaminhada abriram muitas portas para o documentário conseguir financiamento brasileiro (via Lei Rouanet). "Foi uma espécie de selo de qualidade para captarmos no Brasil."
Outro lado que o filme quis abordar foi o esquecimento das origens. Assim como Dilney Cunha, que, antes de pesquisar sobre o assunto e descobrir sua descendência suíça achava que a origem da sua família era alemã, muitos suíços procurados pela equipe do docudrama não tinham ideia de que seus antepassados tinham vindo para o Brasil.
Debate
Hakim crê que o filme é lançado em um momento pertinente para o Brasil, que vive uma onda migratória. "Estamos recebendo muita gente no país, principalmente haitianos. Meu receio é de que possa existir preconceito em relação a isso, é um bom tema para refletirmos."
O docudrama, que tem distribuição da Moro Filmes, terá uma exibição em Joinville, em outubro, e há intenção de levar a produção para salas públicas, como a Cinemateca de Curitiba. Por se tratar de um média-metragem, o cineasta pretende vender a produção para canais especializados como o The History Channel e National Geographic e já há negociações com a RBS para veiculação em rede aberta.
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