Concerto
Orquestra Sinfônica do Paraná, com Jamil Maluf (regência) e Araceli Chacon (piano)
Guairão (R. Conselheiro Laurindo, s/nº), (41) 3304-7982. Hoje, às 20h30. R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
Para iniciar o mês de setembro, a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) traz a Curitiba o maestro Jamil Maluf como regente convidado e a pianista Araceli Chacon como solista. O programa do concerto que acontece hoje, às 20h30, no Guairão, é composto pelas obras Concerto N.º 2 para Piano e Orquestra em Dó Menor, Op. 18, de Sergei Rachmaninov e Variações sobre um Tema Original (Enigma), Op. 36, de Edward Elgar.
O maestro Jamil Maluf criou a Orquestra Experimental de Repertório (OER) em 1990, em São Paulo, e foi seu regente e diretor artístico até o começo deste ano, quando se aposentou. Em Curitiba, tocou pela última vez há dez anos, e foi regente titular da OSP entre 2000 e 2001, com grande sucesso de público. "Me senti muito honrado ao saber que foi a orquestra que me convidou para essa apresentação. Já trabalhei com vários destes músicos e fico contente com o reencontro", afirma o regente. Além disso, ele não mede elogios para a OSP: "são organizados, práticos e têm uma potencialidade enorme, como poucas que já vi".
Quanto ao repertório, Maluf explica que a obra de Rachmaninov é uma das principais do mundo, junto às de Tchaikovski, e foi escolhida pela diretoria da Associação dos Músicos de OSP (Amosp). Já a segunda peça, de Edward Elgar, foi sugestão do maestro, que a considera uma das mais importantes da literatura sinfônica. "Elgar dedicou cada variação a alguém. A nona delas, "Nimrod", aparece como trilha sonora de vários filmes, e tem grande aceitação do público, que sempre pede bis", conta o regente.
Épicos
A solista Araceli Chacon iniciou sua carreira aos 4 anos e, sob a orientação de renomados professores, tornou-se destaque no piano. Após tocar ao lado de importantes nomes, essa apresentação é como uma "sessão nostalgia" para ela, pois foi regida por Maluf pela primeira vez quando tinha apenas 13 anos, e está emocionada com o reencontro, principalmente por ser em Curitiba.
Sua relação com a cidade e com a OSP não poderia ser melhor. "Tenho lembranças maravilhosas dessa orquestra, e é muito comovente estar de volta", afirma Araceli. "O repertório escolhido é lindo, são grandes peças românticas para orquestra, e assim como existem épicos da literatura, acredito que essas obras podem ser consideradas épicos da música", ressalta.
Deixe sua opinião