1951
Saiba mais sobre O Dia em Que a Terra Parou.
> A versão original foi lançada em 1951, tinha a direção de Robert Wise (1914-2005) e Michael Rennie no papel de Klaatu.
> O filme se tornou um dos maiores clássicos de ficção científica de todos os tempos.
Keanu Reeves é um ator ruim com um tremendo bom senso para escolher papéis. Ele decidiu fazer o alienígena que traz más notícias aos terráqueos em O Dia em Que a Terra Parou, estreia desta sexta-feira nos cinemas.
Com a trilogia Matrix, Reeves ganhou fama de ser ótimo para interpretar sujeitos que não falam quase nada e demonstram ainda menos. Daí ele ser perfeito como o extraterrestre Klaatu.
Depois de chegar à Terra e assumir forma humana, ele é mantido sob a custódia do governo dos Estados Unidos assim gostam de pensar os norte-americanos. A secretária de defesa Regina Jackson (Kathy Bates) aparece para conversar com o E.T. e pergunta: "Por que você veio para o nosso planeta?". Reeves, sustentando uma cara de paisagem (ou poker face, como dizem em inglês), lentamente gira a cabeça na direção de Regina e usa uma voz muito tranquila para rebater: "Seu planeta?".
O Dia em Que a Terra Parou é uma refilmagem desastrosa, longe de honrar o original de 1951 dirigido por Robert Wise (1914-2005), um dos maiores clássicos de ficção científica de todos os tempos. Pior, a nova versão tem vários momentos de humor involuntário, a maioria relacionada às falas de Reeves.
"Você é humano?", pergunta o operador do polígrafo a que submeteram Klaatu, que responde: "Meu corpo é".
A versão original, baseada numa história de Harry Bates publicada em uma revista fuleira de ficção, virou um marco do gênero ao defender uma mensagem antibelicista. Já o cineasta Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose) preferiu assumir a bandeira ecológica.
O raciocínio dos alienígenas é simples. Se a Terra morre, nós todos morremos. Mas se a raça humana morrer, a Terra sobreviverá. Portanto, os homens devem ser eliminados. Quem vai tentar convencer Klaatu do contrário é a astrobióloga Helen Benson (Jennifer Connelly).
O problema é que o ser humano tem uma fissura por guerra, não parece preocupado com sua autodestruição e atira primeiro para fazer perguntas depois como acontece assim que Klaatu põe os pés para fora da nave, acompanhado do robô Gort, responsável por sua proteção.
O Dia em Que a Terra Parou mal consegue parar em pé por falta de boas ideias. As sequências com milhares de soldados, helicópteros, tanques, jatos e policiais são profundamente entendiantes. Os efeitos especiais cansam e a história tem uma mensagem previsível que não entusiasma. Para distrair, somente as frases bizarras de Keanu Reeves e a pequena participação de John Cleese como o cientista mentor de Helen e vencedor do Prêmio Nobel.
Um crítico do New York Times disse, brincando, que um filme que dá o Nobel a um ex-integrante do Monty Python (Cleese) não pode ser assim tão ruim. Mas é. GG
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