Para os que costumam utilizar uma das linhas disponíveis no terminal de ônibus do bairro Portão, é impossível não notar, ao fundo, a imponente construção de um dos mais importantes espaços da Fundação Cultural de Curitiba. Inaugurado em maio de 1988, com o intuito de abrigar o Patrimônio Municipal de Artes Plásticas um total 2.239 obras, entre elas, trabalhos de Poty Lazzarotto, Di Cavalcanti e Burle Marx , o complexo Centro Cultural do Portão, além do Museu Metropolitano de Arte de Curitiba (MuMa), é formado por uma biblioteca, um cinema e um auditório.
Atualmente, adentrar o local, porém, causa um certo desolamento. O Cine Guarani e o Auditório Antônio Carlos Kraide foram interditados há alguns anos, por problemas estruturais e falta de adequação às exigências do Corpo de Bombeiros. O acervo artístico do museu foi embalado e transferido para o Memorial de Curitiba, onde encontra condições de conservação adequadas. Já os livros que constituem o acervo da biblioteca e são de grande procura pela comunidade do bairro estão, aos poucos, sendo encaixotados.
A situação, no entanto, não apenas é provisória, como está com os dias contados. O Centro Cultural do Portão é um dos espaços privilegiados pelo Programa de Recuperação de Espaços Culturais da FCC, que pretende reformar locais incluídos em um diagnóstico realizado em parceria com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) no ano passado. Ao todo, serão investidos R$ 1,6 milhão na reforma completa do espaço, que está entrando em fase de licitação. De acordo com Ana Maria Hladczuk, diretora administrativa e financeira da FCC, o projeto de revitalização do local inclui mudanças no projeto arquitetônico fundação e cobertura , trocas das instalações elétricas, hidráulicas, de iluminação e colocação de um sistema de ar-condicionado. "Estamos terminando os orçamentos para dar início à licitação. As obras devem ter início no segundo semestre. No ano que vem, o espaço estará em condições adequadas para ser devolvido à comunidade", explica.
Os recursos para a revitalização do Centro Cultural do Portão, segundo a diretora, vêm do projeto Paranacidade, do governo estadual. Somada ao montante de R$ 1,6 milhão, está ainda a verba de R$ 98 mil, cedida pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no ano passado e destinada à ampliação do MuMa.
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026
Deixe sua opinião