A atriz Regina Duarte discordou da análise publicada pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (19) de que a Cultura vai permanecer em coma após a extinção do MinC.
Pelo seu Instagram, ela publicou uma imagem do texto feito pelo sociólogo Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, e disse que a Cultura não deve ser tratada como prioridade se o Brasil enfrenta problemas em outras áreas.
“Se o país está ‘em coma’, não entendo a insistência no autoengano de achar que a Cultura pode se safar, sadia, do desconserto geral que nos abateu”, declarou Regina na rede social.
“A teoria é linda, a prática é outra (dolorida). Sou a favor da ideia de manter a Cultura internada no ‘hospital’ da educação. Depois da possibilidade de ‘alta’, vamos ver o que pode ser melhor pra ela e para todos nós, brasileiros”, acrescentou.
Contra Dilma
Nos últimos meses, Regina usou as redes sociais para se manifestar contra o governo de Dilma Rousseff. Ela também esteve presente no protesto de 13 de março.
Michel Temer havia acabado com o Ministério da Cultura e unido-o ao da Educação. A decisão provocou revolta da classe artística. Há ocupações em diversas cidades, e outras celebridades da Globo, como Marieta Severo, Renata Sorrah, Marcelo Serrado, Marco Nanini, Tonico Pereira e Bruna Linzmeyer, já se colocaram contra o fim do MinC.
Devido aos protestos, optou por criar a Secretaria Nacional de Cultura.
O presidente interino buscou colocar uma mulher no cargo de secretário nacional, mas após diversas recusas, escolheu Marcelo Calero, então secretário municipal de Cultura do Rio.
Procurada pela Folha sobre seus comentários na web, Regina Duarte não se manifestou.
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