Atriz veterana contracena com Bárbara Paz| Foto: Divulgação

Cinema

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A namoradinha do Brasil envelheceu. Ou não. Sem maquiagem, com cabelos desgrenhados, cara de doida e turbante na cabeça. Mas de viúva Porcina não tem nada. Regina Duarte, 67 anos, encarna um papel diferente de tudo o que já fez ao longo dos seus 50 anos de carreira no filme Gata Velha Ainda Mia, que estreia no Espaço Itaú de Cinema (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

Na produção, ela vive Gloria Polk, uma escritora decadente, que não publica livros há 17 anos. Sua rotina muda quando resolve abrir sua casa (e sua intimidade) para conceder uma entrevista, sobre o retorno à literatura, à jornalista Carol (Bárbara Paz), sua vizinha.

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Com roteiro e direção do ousado estreante em longas-metragens Rafael Primot, o filme tem diálogos cheios de significado, em meio à simplicidade da vida cotidiana. São só três personagens (uma delas é uma vizinha que aparece só duas vezes), uma locação – o apartamento cheio de cacarecos da escritora – e a linguagem teatral, com ritmo de suspense e final surpreendente.

É o suficiente para o que importa (a brilhante atuação das atrizes e o texto impecável) prender a atenção do espectador neste drama feminino.