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Conhecido pela intervenções urbanas incomuns, Tatzu Rors despertou a curiosidade de quem passava pelo Centro de Curitiba | Divulgação/Arnaldo Belotto
Conhecido pela intervenções urbanas incomuns, Tatzu Rors despertou a curiosidade de quem passava pelo Centro de Curitiba| Foto: Divulgação/Arnaldo Belotto

Na semana passada, quem andava pelo centro da cidade, mais especificamente nas imediações da Praça Osório, se deparou com um porco assado em um poste, como se tivesse sido "espetado" com a haste de metal para ir ao fogo. As reações mais diversas de quem passava por ali foram captadas em vídeo e fotografias. Intitulado Deixa Eu Falar!, o registro inusitado do artista japonês Tatzu Rors, feito especificamente para a 6.ª Vento Sul – Bienal de Cu­­­­ri­­­­tiba, está em cartaz na Galeria da Associação dos Artistas Plásticos do Paraná (Apap)/Osmar Chromiec, próxima das Ruínas do São Francisco.

A gravação do vídeo mostra uma dupla retirando a placa de trânsito da rua e usando-a para assar um porco. Depois de pronto, devolvem o sinalizador junto com a iguaria. "O vídeo é bem interessante, porque não mostra somente o fragmento da rua, mas todo o processo da dupla, criando e apresentando assim diversos cenários", explica a cocuradora Paz Guevara. A obra do japonês foi descoberta pelo curador-geral da 6.ª Vento Sul, Alfons Hug, em uma Bienal de Arte na Guatemala.

Paz destaca que a intervenção do artista suscita dois pontos: ele tanto aborda o tema da Bienal, "Além da Crise", quanto possibilita uma percepção surrealista do espaço."Rors fala um pouco sobre o que é normalidade no mundo atual. Se parece muito chocante o que ele faz, também traz uma reflexão sobre o quanto a realidade pode ser inventada". No entanto, não é possível fazer uma só leitura ou chegar a uma conclusão específica. "A arte tem a intenção de ser desconcertante e a imagem proposta pelo artista incentiva questões que ficam sem respostas".

Biografia

Tatzu Rors é nome artístico de Tatzu Nishi, japonês que atualmente trabalha e reside em Berlim, na Alemanha. Desde a década de 1990, o artista realiza intervenções grandiosas no espaço público. Com isso, transforma e altera a percepção habitual dos espaços e as percepções visuais. A exposição fica em cartaz até o final da Vento Sul, no dia 20 de novembro.

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