| Foto: Divulgação TV Globo

Como parte das comemorações de seus 50 anos, a Rede Globo volta a exibir, nesta segunda-feira (12), a novela O Rei do Gado, uma das produções mais elogiáveis da teledramaturgia brasileira. Durante esta e a próxima semana, a trama assinada por Benedito Ruy Barbosa passa a ocupar a segunda grande de Vale a Pena Ver de Novo, dividindo o horário das 16h14 às 17h54 com Cobras e Lagartos – reprise que engasgou no horário da tarde, registrando, já de início, baixas na audiência (motivadas, talvez pelo elenco fraco e pelos constantes clichês de perversidade que se arrastavam por inúmeros capítulos). A partir do dia 26, O Rei do Gado ocupará integralmente a faixa. Com a volta desta telenovela, que estreou no horário nobre da emissora em 1996 e teve sua primeira reprise três anos depois, a Globo retoma uma aposta positiva para a programação vespertina de sua grade e presenteia os telespectadores que andam famintos de boas histórias na tevê aberta. Além disso, dá a chance de rever (ou ver, par os mais novos) uma das melhores criações de Benedito Ruy Barbosa, que, apesar de ter inovado com Meu Pedacinho de Chão, no ano passado, há tempos não empolga com suas particulares produções épicas.A trama Para quem não lembra ou não sabe, a novela, protagonizada por Antonio Fagundes e Patricia Pillar, conta a história do romance entre o latifundiário pecuarista Bruno Mezenga (Antonio Fagundes) e a boia-fria Luana (Patricia Pillar), ambos descendentes de duas famílias rivais de imigrantes italianos, os Mezenga e os Berdinazi, que fizeram fortuna no Brasil com criação de gado e plantações de café.

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Longe de ser um retrato fiel da história, visto que é uma obra de ficção, a produção se aproxima de um recorte do que foi a migração italiana no Brasil, iniciada nos fins do século XIX e prolongada até década de 1930, com forte uso da mão-de-obra destes estrangeiros nas plantações cafeeira da região Sudeste. Em sua segunda fase, já com a decadências das fazendas de café, o foco da obra pende para o social e aborda a disputa de terra no país.