A atriz norte-americana Renee Zellweger não entende o motivo de tanta polêmica sobre ela interpretar mulheres britânicas.
O falatório começou anos atrás quando Zellweger ganhou o desejado papel da solteira Bridget Jones na adaptação do best seller de Helen Fielding, "O Diário de Bridget Jones". Todos sabem que ela fez aulas de pronúncia antes do teste para o papel, no qual derrotou diversas atrizes da Grã-Bretanha.
Agora ela interpreta outra personalidade britânica em "Miss Potter", cinebiografia do fenômeno literário inglês Beatrix Potter, cujos livros infantis lançados no início do século 20, incluindo "The Tale of Peter Rabbit" (A história do Coelho Peter), continuam nas listas dos mais vendidos.
Os astros britânicos Emily Watson e Ewan McGregor interpretam apenas coadjuvantes ao lado da loira texana, que foi indicada ao Globo de Ouro por sua atuação.
Mas Zellwegger diz que, comparada a Bridget Jones - uma personagem fictícia -, interpretar Potter, que morreu em 1943, foi fonte de expectativas diferentes.
"Acho que a diferença é que muito mais gente podia ficar decepcionada", disse Zellweger, 37 anos, em entrevista à Reuters. "Não estou dizendo que a personagem criada por Helen Fielding não tenha sido adotada pela cultura britânica, mas Beatrix foi parte muito substancial do tecido da literatura do país."
Chris Noonan, o diretor australiano do filme, foi menos delicado sobre a ameaça de Zellweger ao orgulho nacional.
"Eles têm vergonha disso na Inglaterra, de uma norte-americana interpretar essa personagem inglesa", brincou ele na coletiva de imprensa ao responder porque o filme ainda não estreou na Grã-Bretanha.
"Miss Potter" entra em cartaz em algumas salas dos EUA nesta semana e estréia na Grã-Bretanha em janeiro.
"É só trabalho. É parte do processo", disse ela, com um perfeito sotaque inglês. "É muito divertido falar sobre blasfemar a língua porque você é do Texas, acho eu."
Zellweger disse que os rumores sobre um terceiro filme de Bridget Jones são falsos.
Durante as filmagens de "Miss Potter", Zellweger não abandonou o sotaque dentro e fora do set, enquanto trabalhava com a mesma professora da época de Bridget Jones.
"Tinha preguiça", diz. "A verdade é que eu quero que seja um hábito, para não ter de pensar nisso."
Apesar de não ter procurado intencionalmente os papéis de inglesa - "tem sido acaso" -, ela diz que se sente atraída pelo país há muito tempo.
"Amo o humor britânico e a forma pela qual as pessoas se comunicam. Isso e Paul McCartney vêm da Inglaterra. Quando eu tinha uns 4 anos, sabia que era um destino", disse ela. "Coisas boas vêm da Inglaterra!"
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